Campus e Comunidade

Funcionária do Técnico distinguida pela Associação de Museologia

Natália Rocha, membro da equipa técnica do Núcleo de Desenvolvimento Académico, recebeu uma Menção Honrosa pela sua tese de Mestrado – “Criação de um Serviço Educativo para os Museus do Instituto Superior Técnico”.

O porquê de museus tão ricos, recheados de um acervo e espólio únicos, não serem utilizados/visitados por parte do público, sempre foi uma questão que inquietou Natália Rocha, funcionária não-docente do Técnico. Quando decide investir no seu desenvolvimento curricular e começou a frequentar o Mestrado de Educação e Formação, no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, não esqueceu a questão e compreendeu “que os museus poderiam ter uma vertente cultural, social e educativa em simultâneo”, conta a própria. “A pertinência de um serviço educativo nas instituições museológicas é hoje em dia um facto incontestável e os Museus do Técnico são lugares de aprendizagem a serem ativados”, explica a funcionária do Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA). Partindo desta convicção, decide explorá-la e estudá-la a fundo na sua tese de Mestrado, um trabalho de mérito que lhe valeu uma Menção Honrosa na categoria “Estudo sobre Museologia” entregue pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), na passada semana, e que pretendem distinguir os agentes e instituições de museologia portuguesa cujo trabalho se distinguiu ao longo do último ano.

“Com a realização deste estudo pode-se concluir que a criação de um serviço educativo para os museus do Técnico é uma mais-valia, pois é possível levar público aos espaços museológicos pouco visitados, realizar atividades, criar materiais pedagógicos, espaço para eventos”, explica a funcionária do NDA. “Em suma, os museus podem assim cumprir as suas funções educativas e sociais”, acrescenta. O projeto pretende assim que os museus passem a ser um novo espaço de ensino-aprendizagem dentro da Escola, rentabilizando todo o potencial das coleções que detêm. “Os contatos que foram realizados com outras instituições e entidades para a elaboração do estudo foram sempre tão recetivos que mostram que vale a pena apostar na promoção e valorização dos museus do Técnico, pois o interesse da comunidade nesta área tem vindo a ser crescente”, refere a vencedora da Menção Honrosa. Assim, a componente prática do trabalho de Natália Rocha assentou na criação de um serviço para os museus do Técnico. Embora “ainda seja necessário realizar alguma requalificação dos espaços a nível da conservação, catalogação, restauração e inventariação, pensamos que com as dinâmicas que já acontecem nos museus e os documentos e instrumentos de trabalho produzidos e elaborados, será possível dar início a implementação deste serviço educativo de forma embrionária”, adianta a funcionária do NDA.

Na cerimónia que se realizou no Museu Nacional dos Coches, e que contou com a presença do presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, além de Natália Rocha foram mais 25 os premiados em diferentes categorias. “Agradeço por me terem achado suficientemente capaz para ser distinguida e fazer parte de um grupo tão selecto de premiados que valoriza e divulga a cultura e o património portugueses”, declara a funcionária não-docente do Técnico. Além da distinção, Natália Rocha trouxe de todo este processo a aprendizagem e muita vontade de alavancar este trabalho, e apesar de estar consciente das “dificuldades inerentes à implementação de um projeto desta natureza, nomeadamente no contexto universitário”, acredita que o mesmo “está direcionado no rumo certo e surgiu na altura certa”. “Os museus do IST são instituições ligadas à ciência e à cultura, podem por isso ser aproveitados para a educação das ciências”, colmata.