Depois de anunciada a abertura do fundo de transferência de tecnologia – FCR Armilar Venture Partners TechTransfer Fund- , ao qual o Técnico se associa como parceiro, e tendo em conta a cada vez mais sonante questão do investimento que assombra projetos de investigação científica e tecnológica no momento da transição para o mercado, decorreu esta terça-feira, 19 de fevereiro, uma sessão cujo intuito passava exatamente por dar a conhecer este novo apoio financeiro ao dispor dos empreendedores, mas também desmistificar algumas ideias em torno deste tipo de modelo.
Ficou a cargo do Partner da Armilar Venture Partners e também alumnus do Técnico, engenheiro Pedro Ribeiro Santos, a condução da sessão que reuniu alunos, professores e investigadores com veia empreendedora. Foi, aliás, exatamente por aí que o orador iniciou a sua palestra, enfatizando o facto de, hoje em dia, cada vez mais o empreendedorismo ser “uma opção profissional real, com cada vez mais valor e cujas formas de financiamento tendem a aumentar”. De forma muito acessível e bastante clara, o orador abordou primeiro a essência do capital de risco e o que acarreta para ambos os lados este envolvimento neste modelo de investimento. “Esta participação na empresa permite além do investimento, o aprovisionamento de orientação estratégica, aconselhamento, apoio à gestão, acesso à sua rede de parceiros e contactos, etc.”, destacava o partner da Armilar.
Através da moderação permanente do professor Luís Caldas de Oliveira que foi ajudando a tornar mais claros alguns aspetos relevantes para os potenciais empreendedores, o alumnus do Técnico ia expondo os cuidados e riscos que uma entidade que gere estes fundos tacitamente tem que saber administrar – numa “articulação permanente” com os investidores do mesmo. “Grande parte da economia do capital de risco baseia-se em encontrar as poucas empresas vencedoras no portfólio”, assinalava Pedro Ribeiro Santos. Os fatores tidos em conta no momento em que é feita a análise da proposta de valor de um determinado projeto, mereceram também o devido destaque ao longo da sessão, assim como a explicação sobre o que torna uma investigação apelativa para um investidor, ou a apresentação de respostas para questões relacionadas com processo de investimento propriamente dito ou acerca do impacto dessa participação.
Desmistificados alguns mitos e clarificados os moldes deste modelo e critérios deste modelo de financiamento, foi altura de dar a conhecer à audiência o fundo lançado recentemente pela Armilar Ventures Partners e que pretende apoiar projetos empresariais assentes em tecnologia desenvolvida no ecossistema académico. O foco de interesse, os investidores envolvidos, a experiência da sociedade gestora de fundos, o histórico de casos de sucesso a que esteve ligada, e facto de o centro de interesse estar direcionado essencialmente para projetos nacionais foram sendo evidenciados por Pedro Ribeiro Santos, tonando mais claro os objetivos e a consistência do FCR Armilar Venture Partners TechTransfer Fund. Aos poucos as questões por parte dos ouvintes iam surgindo, e o sucesso da sessão tornou-se óbvio à medida que as mesmas questionavam concretamente sobre os passos a seguir na apresentação de projetos passiveis de serem financiados. Do lado da Armilar a disponibilidade demonstrada foi exímia.