Campus e Comunidade

Jantar de alumni reúne antigos estudantes do Técnico e debate “futuro da educação”

Salão Nobre do campus Alameda acolheu mais de uma centena de convivas.

Estas vozes que ecoam pelo Pavilhão Central são as mesmas de há dez, 20, 30 anos atrás. Enquanto que antes poderiam estar a discutir animadamente à saída de uma aula ou o seu desempenho num exame, hoje têm um tom mais experiente – e estão cá para recordar esses tempos. É dia 10 de janeiro e o Instituto Superior Técnico recebe de volta, num jantar de alumni, os seus antigos estudantes, agora com mais vivências a somar às que ganharam com a sua passagem pela Escola.

No discurso com que encerrou o evento, Rogério Colaço, presidente do Técnico, agradeceu a presença dos convivas. “Alguma coisa o Técnico fez bem para termos esta sala cheia e isso demonstra que a experiência no Técnico marca as pessoas positivamente”, salientou. O docente recordou a existência da Rede Alumni, a plataforma na qual é possível reconhecer a diáspora do Técnico pelo mundo fora. Através dela, reconhece-se “o contributo transformador” da Escola “para o país e o mundo”.

De regresso ao início da noite, os candeeiros alinhados ao longo da Alameda pareciam encaminhar toda a gente para o átrio do Pavilhão Central, onde o calor humano impedia a entrada do frio daquela noite. Feito o check-in, tropeçava-se em conversas a cada passo, com os alumni a preencherem a sala, partilhando os seus percursos de vida desde o ponto em que estes divergiram, no fim dos estudos.

Paulo Inácio e Paulo Maia ingressaram no Técnico em 1990, na área de Engenharia de Materiais. Concluiriam os estudos pouco depois da viragem do milénio. “Se pudesse, repetiria e encararia o percurso mais a sério”, recorda o primeiro. O colega concorda – “com dedicação, é um curso muito bonito e interessante”. Antes que pudesse prosseguir, foi interrompido por Pedro Amaral, professor e vice-presidente do Técnico, que veio cumprimentar os antigos companheiros.

Não se trata do único professor neste evento – muitos outros aproveitaram a oportunidade de reencontrar antigos estudantes e colegas. Rosário Macário, professora na área de Transportes, partilha também a experiência de ter estudado e de lecionar no Técnico, destacando as “diferenças enormes” que se verificam em termos de “ambiente e métodos de ensino” ao longo dos anos. Em jeito de resumo, ressalvou que “o Técnico é uma excelente escola com excelentes alunos, tanto do ponto de vista técnico como cívico”.

Já depois de um jantar no Salão Nobre, os presentes dispostos pelas mesas circulares assistiram a um debate sob o título “O futuro da educação e os desafios de ensinar a Geração Z”. Moderada por Joana Mendonça, professora e vice-presidente do Técnico, a conversa contou com as intervenções de Rui Dias Alves, antigo aluno de Engenharia e Gestão Industrial (que agora trabalha na área do capital de risco) e do economista Pedro Santa-Clara.

O presidente do Técnico não resistiu a juntar-se à discussão no seu discurso no fim do evento. Relembrando turmas de estudantes às quais lecionou em 2016 e mais recentemente, Rogério Colaço defendeu que, por muitas diferenças que pudessem apresentar, os dois grupos tinham algo em comum – ambos “eram o máximo”. Terminou a sua declaração deixando o convite para outros jantares futuros com alumni em locais como o campus Taguspark e o Técnico Innovation Center.

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