Terminou ontem, 10 de maio, aquela que é considerada a maior e mais antiga feira universitária de emprego do país, a Jobshop AEIST, organizada pela Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico. O evento que vai já na sua 30ª edição, tem vindo a evoluir, e ano após ano tem vindo a quebrar recordes no número de empresas que consegue atrair, e este ano foram mais de 70, nacionais e internacionais, que se foram revezando durante os três dias do evento. Em grupos, ou individualmente, pela primeira vez ou regressando pela segunda ou terceira vez, centenas de alunos de todos os cursos passaram pela tenda gigante que ocupou a alameda, para saber saciar a curiosidade, contactar com os representantes das empresas e conhecer as propostas que as mesmas reservaram para eles. “Os alunos mais novos têm a oportunidade de contactar pela primeira vez com o mercado de trabalho, conhecendo as áreas em que terão hipótese de atuar no futuro, e os alunos mais velhos e finalistas que procuram estágios curriculares ou profissionais têm a hipótese de conhecer as empresas e encontrar várias ofertas”, explica o presidente da AEIST, Alexandre Passo, visivelmente feliz com o sucesso da iniciativa.
As boas ideias de edições anteriores foram mantidas e algumas renovadas como frisa Ricardo Oliveira, coordenador da equipa responsável pela organização: “Nesta edição nós pegamos nas atividades que introduzimos na edição passada, e tentamos aprimora-las ainda mais, adequando-as às necessidades dos nossos alunos e facilitando o contacto por parte das empresas”, frisa o elemento da organização. Também a integração direta do evento com o Portal de Emprego da AEIST foi mantida, o que permitiu aos participantes aceder diretamente às ofertas de emprego presentes na plataforma apenas através da leitura de um simples QR code.
Apesar da feira ser acessível a todos os estudantes, houve um enfoque especial nos alunos finalistas, com muitos detalhes e atividades idealizados para os mesmos. Além de credenciais que os identifica como tal, os finalistas tiveram a oportunidade de realizar um “elevator pitch”, apresentando- se às empresas como o candidato ideal. “Já estou há 3 anos envolvido na organização da Jobshop e todos os anos as empresas nos dizem que conseguiram tirar contactos, e por vezes contratar, e agradecem-nos por isso”, refere Ricardo Oliveira.
A Talkdesk foi uma das empresas que marcou presença na Jobshop, sendo uma das entidades estreantes. À semelhança do que acontece com a maioria das bancas, poucas foram as vezes em que conseguimos apanhar o stand da tecnológica vazio. “Nós temos uma ligação especial ao Técnico porque os nossos dois fundadores são de cá, mas revendo muito talento nos alunos do Técnico e tendo várias oportunidades de emprego, fazia muito sentido estarmos presentes aqui”, realça Daniela Barros da equipa de recursos humanos da Talkdesk. Depois de várias abordagens, Daniela Barros sente que não pode deixar de destacar o interesse demonstrado pelos alunos “na forma como trabalhamos, na área de ação da empresa, questionando sempre o perfil de jovens que procuramos”, e por isso não hesita em salientar “os benefícios mútuos desta iniciativa positiva”. Uma opinião que Ricardo Oliveira partilha na integra: “Conseguimos criar sinergias muito interessantes entre os estudantes e as empresas”.
Ainda que o “espaço empresas” se tenha revelado o grande investimento da organização e o foco dos participantes, nos cerca de 500 m² da tenda houve muitas fontes de conhecimento para além do recinto principal, nomeadamente um espaço próprio para workshops dados pelas próprias empresas participantes, e espaços de convívio para promover a interação entre os alunos e a própria AEIST, mas onde as empresas também foram convidadas a entrar. “Pensamos em tudo ao detalhe para criar o melhor ambiente possível e o feedback que nos chega através das empresas é muito positivo, e contém essa satisfação que os alunos lhes passam e eles partilham connosco”, destaca Ricardo Oliveira.
E se ao entrar na tenda são muitas as incertezas, alguma a timidez e tamanhas as dúvidas, no final da visita pelas bancas, e mesmo que não se pare em todas, os alunos do Técnico trazem quase sempre as mãos cheias de brindes, panfletos, mas também certezas de que há um mundo de oportunidades à espera dele, dentro e fora daquela tenda e para além destes três dias.