Jorge Calado, a quem foi atribuído em 2015 o título de Professor Emérito do Instituto Superior Técnico, foi anunciado esta quarta-feira como vencedor do Prémio Universidade de Lisboa 2016, que pretende “distinguir uma individualidade que tenha contribuído de forma notável para o progresso do país e o engrandecimento da Ciência e/ou Cultura e para a projeção internacional do país”.
Na deliberação do júri, presidido pelo reitor da Universidade, professor António Cruz Serra, lê-se que Jorge Calado “cruzou saberes, cultivou de modo singular as ciências e as humanidades tornando-as acessíveis e atraentes para um público alargado”, sendo reconhecido pelo “seu percurso de cientista, professor e divulgador de ciência, mas também pela sua intervenção cultural, sobretudo através da crítica musical e de fotografia”.
Jorge Calado nasceu em 1938, tendo concluído a licenciatura em Engenharia Químico-Industrial no Técnico em 1961. Passou três anos na Universidade de Oxford, no Reino Unido, onde se doutorou em termodinâmica. Depois, regressou ao Técnico, tendo sido docente de Química-Física e investigador do Centro de Química Estrutural (CQE). Foi crítico cultural do semanário Expresso, criou a Coleção Nacional de Fotografia para o Ministério da Cultura e foi consultor da Expo 98. Em 2012, publicou o aclamado livro “Haja Luz! Uma História da Química Através de Tudo”, editado pela IST Press.
Nas últimas edições do Prémio, foram distinguidos o arquiteto Nuno Teotónio Pereira (2015) e o professor Adriano Moreira (2014).