Campus e Comunidade

Laboratórios Abertos de Química celebraram 20 anos com mais uma edição  “a divulgar o papel da química no quotidiano”

Mais de 500 estudantes do ensino secundário passaram pelos laboratórios do Departamento de Engenharia Química do Técnico, entre 5 e 9 de maio.

À entrada da Torre Sul, Maria Inês Martins e Francisco Davane fazem “pasta de dentes de elefantes” e bolas de sabão. São estudantes do 1.º ano da licenciatura de Engenharia Química.  Decidiram participar na 20.ª edição dos Laboratórios Abertos do Departamento de Engenharia Química para “mostrar as experiências que têm feito e o que é a química” a alunos do ensino secundário. A iniciativa decorreu entre 5 e 9 de maio, no campus Alameda do Instituto Superior Técnico.

Do lado de dentro da Torre, depois de sentirem o calor libertado pela reação do detergente com a água oxigenada que levou uma espuma alaranjada – pasta de de dentes de elefante – a transbordar do balão de Erlenmeyer, cerca de 500 estudantes de 13 escolas da Área Metropolitana de Lisboa puderam observar minerais ao microscópio e ver modelos de cristais com uma ampliação de 100 vezes, face à capacidade do olho humano. Beatriz Modesta, estudante do 2.º ano de licenciatura, explicou aos interessados o que viam e respondeu às suas dúvidas e perguntas. É a segunda vez que participa nesta semana em que o departamento abre portas aos mais novos. Tal como Martim Pereira, estudante do 1.º ano de licenciatura, soube do evento pelos docentes do curso que, nas aulas, desafiam os estudantes a aderir ao projeto e inscreveu-se através do formulário disponível na página do Departamento de Engenharia Química (DEQ), onde os voluntários podem indicar as atividades preferenciais.

Ao longo destes 20 anos, passaram pelo DEQ milhares de alunos, do ensino básico e secundário, tendo muitos deles ingressado posteriormente no Técnico”, descreve Dulce Simão, coordenadora do projeto. “Consideramos importante divulgar o papel da Química e Engenharia Química no nosso quotidiano, promover a ciência e tecnologia nas camadas mais jovens e ao mesmo tempo atrair novos alunos para os cursos de Engenharia Química Engenharia de Materiais”, complementa

Nos laboratórios, a uma experiência com nitrogénio líquido, segue-se uma sala escura onde, apagadas as luzes, se vê a química do dia-a-dia. Cocktails coloridos que brilham no escuro? A fluorescência do quinino, presente na água tónica, produz o efeito. As placas de saída de emergência visíveis no apagão? Material fosforescente. E a luz dos pirilampos? Quimioluminiscência.

À escala industrial, nos laboratórios, produzem-se 150 litros de água desionizada por semana que suprimem as necessidades dos laboratórios através de um processo de osmose inversa e aposta-se na sustentabilidade dos polímeros.

As atividades da semana dos Laboratórios Abertos do DEQ realizaram-se em colaboração com os estudantes do Núcleo de Engenharia Química do Instituto Superior Técnico (NEQIST) e foram dinamizadas por docentes, investigadores, não-docentes e mais de 60 Estudantes dos cursos de Engenharia Química, Engenharia dos Materiais e Engenharia do Ambiente. Para além das visitas aos laboratórios, decorreram também 10 palestras de alumnus a trabalhar na indústria, docentes e investigadores do DEQ.

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