“A magia da química aqui vão aprender, vão sair daqui mais espertos e cheios de saber”, a pequena quadra presente num dos quados dos laboratórios da torre sul, serve de convite aos mais jovens, e a acompanhá-la, também em jeito de quadra estão outras dicas para disfrutar ao máximo dos Laboratórios Abertos de Engenharia Química. Entre palestras, experiências interativas, sessões de filmes e debates que preenchem o programa de atividades, os cerca de 2100 alunos do ensino básico e secundário vão absorvendo conceitos, questionando e desafiando os monitores das atividades a explicar mais.
Muito rapidamente a atenção saltita entre a explicação, as provetas e as cores dos compostos que estão dentro delas, e rapidamente procuram outra coisa que lhes espicace a curiosidade, como explica a professora Carina Esteves, da Escola Frei Gonçalo de Azevedo, uma das escolas a aderir às atividades: “as atividades são muito interessantes, mas eles ficam tão entusiasmados com o contexto que estão sempre à procura de algo novo, de mais alguma coisa”. “Eles adoram estas atividades mais práticas”, acrescenta a professora.
A preparação da vanilina, as componentes das próteses, a extração de antocianinas de rosa vermelhas, são alguns dos processos e tópicos partilhados, compondo a parte mais prática desta atividade, e por sinal aquela que tende a cativar mais os alunos. A iniciativa divide-se em Laboratórios Abertos (Ensino Secundário), Laboratórios Abertos Júnior (2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico). As diferenças entre um e outro programa surgem na primeira parte da manhã e da tarde, em que os mais velhos assistem a palestras e os mais novos desenvolvem conversas em torno de um filme da área.
Uma das palestras desta edição, teve como convidada a docente do Técnico e astrobióloga Zita Martins. O currículo invejável, apresentado pela professora Dulce Simão, fez desde logo suspirar os mais jovens, principalmente quando se ouve a referência à NASA – onde a agora docente do Técnico foi investigadora. Depois de captada a atenção, a docente tentou mostrar aos jovens a importância destes objetos: “os meteoritos são como uma máquina do tempo, que nos permitem perceber como é que a vida surgiu na terra”, declarava enquanto mostrava alguns exemplos. “A química é fundamental também nesta área, e há uma grande procura de cientistas químicos para ajudar a desvendar estes mistérios”, conclui, tentando “recrutar” futuros colegas de profissão.
Os laboratórios abertos do DEQ, estendem-se até esta sexta-feira, 9 de fevereiro, contando com o apoio de todo o departamento e mais de uma centena de alunos.