Os Laboratórios Abertos do Departamento de Engenharia Química (DEQ) contaram com mais de 500 estudantes de 15 escolas do ensino secundário, entre os dias 2 e 8 de maio, no Campus Alameda.
Com todos de óculos postos, surge a primeira pergunta: “qual a temperatura do nitrogénio líquido”? Entre chaleiras fumegantes, panelas a transbordar de espuma, balões a rebentar e lâmpadas que mudam de cor, estudantes do Colégio São João de Brito iniciaram o roteiro pelos laboratórios de química, na Torre Sul e descobriam caraterísticas e possíveis utilizações da substância que assume o estado líquido a -196º C.
Na sala ao lado, fechada a porta e apagadas as luzes, os raios ultravioletas desvendaram palavras e imagens, até ali invisíveis, em passaportes, cartões de cidadão e documentos único automóvel. A água tónica brilhou no escuro (pela presença de quinino) e as pulseiras coloridas mostraram a sua fluorescência para várias fotografias. Seguir-se-ia uma descida à engenharia química industrial através dos equipamentos semi-industriais disponíveis na Escola.
A juntar às atividades laboratoriais houve também visitas a laboratórios e palestras. Investigadores e docentes convidados do Técnico tentaram transmitir aos visitantes “o que pode fazer um engenheiro químico”, explicou a professora Dulce Simão, coordenadora do evento. Para tal, abordaram-se temas como: desenvolvimento de órgãos artificiais, bioplásticos, gases de efeitos de estufa, hidrogénio verde, produção de bio-óleo, engenharia humanitária ou como vencer superbactérias e superfungos.
O DEQ realiza esta atividade desde 2005. Este ano, em coorganização com o Núcleo de Engenharia Química do Instituto Superior Técnico (NEQUIST), estiveram envolvidos na dinamização da mesma mais de 100 estudantes dos cursos de Engenharia Química e Engenharia Biológica e perto de 30 docentes, investigadores e funcionários.