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Leituras de verão: uma visita à estante do professor Miguel Abreu

Continuamos a partilhar, através de uma série de artigos, as sugestões de leitura de verão de alguns docentes do Técnico.

Na lista de sugestões de leitura do professor Miguel Abreu, presidente do Departamento de Matemática ( DM) e investigador do Center for Mathematical Analysis, Geometry and Dynamical Systems (CAMGDS),  estão dois livros ligados à sociologia- que nos convidam a pensar o mundo e a atualidade- e não falta claro uma recomendação mais técnica.

Apesar de recomendar a leitura de qualquer um dos livros de divulgação da Matemática de Jorge Buescu, a sugestão do professor Miguel Abreu foca-se na obra mais recente do colega da Universidade de Lisboa e conceituado divulgador da ciência matemática: “Curvas Ideais, Relações Desconhecidas E Outras Histórias da Matemática”, Gradiva (2018).

Para justificar esta escolha o docente recorre às palavras do professor Jorge Calado em “A ubiquidade da Matemática vista por um químico (uma digressão à laia de prefácio)”: “O talento de Jorge Buescu como divulgador da ciência matemática (e portanto de todas as ciências) está na maneira como ele transforma a descoberta e o avanço científicos em histórias de frisson quase detectivesco, levando-nos de  caminho a praticar matemática e a raciocinar matematicamente”.

A segunda escolha do presidente do DM é o último livro de Hans Rosling: “Factfulness – Factualidade, Dez Razões pelas quais estamos Errados acerca do Mundo – E porque as Coisas estão melhor do que Pensamos”, Temas e Debates – Círculo de Leitores (2019). Nesta obra, o autor, que foi médico, professor de saúde internacional, e que a Times colocou entre as cem pessoas mais influentes do mundo, desafia-nos a pensar o mundo de outro modo, nomeadamente os problemas da pobreza e do desenvolvimento.

“Sugiro porque me foi recentemente oferecido pelos filhos e será uma das minhas  leituras de Verão”, confessa o docente do Técnico. Apesar de ter agora começado a folhear a obra,  o professor Miguel Abreu assume-se cativado  e partilha um dos parágrafos que lhe prendeu a atenção:”Quero que as pessoas, quando percebem que estavam erradas acerca do mundo, sintam não embaraço,mas aquele sentimento infantil de maravilhamento, inspiração e curiosidade que eu recordo do circo e que ainda sinto de cada vez que estou enganado:  ‘Uau, como é isto sequer possível?’ ”

Por fim, o professor Miguel Abreu lança o convite para a leitura de o ensaio de Bernard-Henri Lévy, intitulado “Este Vírus Que Nos Enlouquece”, Guerra e Paz (2020). “Sugiro pelo autor, pela atualidade e pela crítica que faz e perspetiva que dá a  essa atualidade”, declara o investigador do CAMGDS. Para fundamentar ainda esta escolha, o docente deixa-nos uma citação da contracapa: “este livro recorre ao pensamento, à história e à filosofia para nos ajudar a encarar com racionalidade uma pandemia que não é a primeira, nem foi a mais mortífera que a humanidade até hoje conheceu”.