Campus e Comunidade

O espírito ‘maker’ tomou conta do Técnico durante dois dias de criação e partilha

MakerIST 2025 celebrou a ‘cultura maker’ com oficinas, demonstrações e atividades interativas abertas à comunidade.

O Pavilhão Central do Instituto Superior Técnico, no campus da Alameda, foi palco, nos dias 3 e 4 de junho, da edição de 2025 do MakerIST, um evento promovido pela HackerSchool e pelo Lounge IST dedicado à celebração da ‘cultura maker’. Oficinas, demonstrações, exposições e atividades interativas marcaram o programa, aberto a toda a comunidade.

Ao longo dos dois dias, o espaço transformou-se numa feira dedicada à criação e partilha de conhecimento, reunindo estudantes, organizações e visitantes em torno da tecnologia e do saber-fazer. A programação incluiu workshops de construção de macropads e pedais MIDI, experiências com circuitos eletrónicos, demonstrações de impressão 3D e exposições de robótica, proporcionando um contacto direto com as áreas de engenharia e inovação tecnológica desenvolvidas no Técnico.

“Queríamos mostrar o potencial da comunidade maker, dentro e fora do Técnico”, explicou João Rodrigues, estudante do Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e membro da HackerSchool, núcleo de estudantes do Técnico dedicado ao desenvolvimento de projetos tecnológicos e colaborativos. “Defendemos o open source [código aberto], partilhamos conhecimento nas áreas da tecnologia e das artes. Este evento é sobre isso – sobre dar visibilidade a um movimento que promove o desenvolvimento sustentável, através de colaboração e acesso livre ao saber”.

Na interseção entre arte e engenharia, a atividade “Music Open Hardware” reuniu demonstrações de pedais construídos em regime DIY (Do-It-Yourself) com uma sessão musical aberta ao público, marcada pela improvisação e por sonoridades experimentais. Esta iniciativa permitiu aos participantes conhecer os processos de construção destes dispositivos e ouvir os seus resultados em tempo real.

Entre os participantes, muitos aproveitaram a oportunidade para explorar ideias e desenvolver competências num contexto informal. “Acho que nos traz uma vertente mais prática daquilo que estamos a aprender”, referiu João Vinagre, estudante do Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores do Técnico. “É importante também para ganharmos autonomia em contextos de aprendizagem diferentes, onde não seguimos um guião e estamos apenas a explorar ideias”, acrescentou Catarina Manuel, do mesmo mestrado.

O evento contou ainda com a presença de diversas organizações ligadas à cultura livre e tecnológica, como a FabLab Lisboa, a Ansol e a Mauser. “É muito gratificante ver estas comunidades a apoiarem os makers, a trocarem ideias, a virem todos juntos com o mesmo espírito de partilha”, concluiu João Rodrigues.

Aberto a toda a comunidade e de participação gratuita, o MakerIST 2025 afirmou-se como um “espaço de encontro entre tecnologia, criatividade e experimentação”, celebrando o fazer como forma de aprender, comunicar e inovar.

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