A figuras como António Guterres, Gonçalo Tavares e Maria de Sousa, galardoadas com o Prémio Universidade de Lisboa, junta-se agora Vítor Cardoso, professor catedrático e investigador do Instituto Superior Técnico.
“Esta distinção é especialmente importante para mim”, partilha Vítor Cardoso. “Pela lista de galardoados anteriores, cujos contributos são extraordinários” e “por ser a maior distinção da Universidade de Lisboa” são alguns dos motivos que o docente elenca, mas o ponto principal, para si, é outro – “é uma mensagem extraordinária, ou é assim que a leio: usemos o nosso esforço, talento e energia a construir obras elegantes, com calma e com dedicação”. “Sinto-me imensamente feliz porque é um reconhecimento da minha Escola, e às vezes sabe bem levantar a cabeça da obra, e ver que é apreciada ou que tem impacto, porque talvez queira dizer que estamos a mudar vidas ou a fazer algo bem feito”, conclui.
De acordo com a Universidade de Lisboa, o galardão tem como critérios de seleção o “contributo notável para o progresso da ciência e projeção internacional do país, atendendo à qualidade das publicações, ao rigor e originalidade dos trabalhos, aos prémios e distinções recebidas e aos cargos desempenhados” pelos candidatos.
Para além de docente no Técnico, Vítor Cardoso é investigador no Centro de Astrofísica e Gravitação (CENTRA) e no Niels Bohr Institute dinamarquês e irá liderar o Center of Gravity, um Centro de Excelência financiado em oito milhões de euros para investigação em torno de buracos negros e aspetos quânticos da gravidade.
Em 2022, recebeu uma bolsa do European Research Council (ERC) no valor de dois milhões de euros para estudar buracos negros, cerca de um ano depois de ter obtido uma outra bolsa da fundação dinamarquesa Villum Fondon, de 5,3 milhões de euros, para criar e liderar o grupo de investigação que integra atualmente no Niels Bohr Institute. Ainda no corrente ano, publicou um ‘manual de instruções’ para entrar em buracos negros, obra apresentada num evento no Técnico.