Carlos Varandas, professor catedrático aposentado do Instituto Superior Técnico, foi reeleito presidente do Comité Técnico e Científico do Tratado Euratom (Comunidade Europeia de Energia Atómica).
Num balanço sobre o mandato anterior (entre 2018 e 2024), Carlos Varandas considera que “apesar das restrições resultantes da Pandemia de Covid-19”, e que obrigaram a uma mudança na forma de reunir, foi possível “uma atenção especial ao aumento das sinergias com o Programa Horizon e entre Fissão e Fusão e às questões relacionadas com o incremento das aplicações das tecnologias nucleares a outras áreas do conhecimento” como saúde, formação de pessoal qualificado e outreach.
Como resultado, o presidente deste órgão consultivo da Comissão Europeia destaca a produção de um documento que inclui “recomendações sobre a forma de alavancar a utilização para fins pacíficos das tecnologias nucleares”.
No Instituto Superior Técnico, Carlos Varandas coordenou o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), e “uma das mais conceituadas de Portugal e da Euratom em Plasmas, Lasers Intensos e Fusão Nuclear” da atualidade, defende. É licenciado em Engenharia Electrotécnica, Doutorado em Física e Agregado em Engenharia Física Tecnológica pelo Técnico. O seu nome “fica ligado à criação do European Fusion Development Agreement (EFDA), do European Joint Undertaking for the Development of Fusion Energy (F4E) e à assinatura do Acordo ITER” (International Thermonuclear Experimental Reactor).
Sobre o país, o físico nota que “Portugal tem hoje a quinta maior participação de membros da Euratom em fusão nuclear” apenas possível pelo “apoio dos sucessivos presidentes do Instituto Superior Técnico e das autoridades governamentais responsáveis pela Ciência e a Tecnologia”.