Campus e Comunidade

Sessão inspira futuros candidatos do TecInnov Thales

A apresentação dos projetos vencedores da última edição ajudaram a desvendar o potencial dos projetos desenvolvidos e também a delimitar estratégias para os interessados em concorrer à 4ª edição.

Em jeito de balanço das edições passadas, mas simultaneamente com os olhos postos no futuro decorreu esta segunda-feira, 8 de outubro, uma sessão organizada pela Área de Transferência de Tecnologia tendo como foco o concurso TecInnov Thales, a competição que desafia a comunidade do Técnico a desenvolver ideias inovadoras dando respostas a problemas reais. Com as candidaturas da quarta edição a decorrer, foi tempo de vislumbrar os avanços dos projetos que venceram a edição anterior e houve, claro, espaço para as muitas dúvidas dos possíveis futuros candidatos. “Queremos que esta sessão seja acima de tudo inspiradora, que daqui possam tirar ideias para potenciais projetos”, afirmava ao abrir a sessão o vice-presidente do Técnico para o empreendedorismo e ligações empresariais, o professor Luís Caldas de Oliveira. “Em cada edição temos um conjunto de desafios diferentes lançados pela Thales, e o nosso grande objetivo com este concurso é aproximar tecnologias que estavam em fase de laboratório do mercado propriamente dito”, adicionou de seguida.

A intervenção seguinte ficou a cargo do engenheiro Tiago Fonseca,  representante da Thales, a empresa que pertence à rede de parceiros do Técnico e que apoia o concurso de ideias. Fornecendo alguns números e detalhes que fazem a diferença no apuramento da Thales como “a empresa líder mundial em sistemas de informação críticos para as áreas da Defesa e Segurança”, o engenheiro Tiago Fonseca desvendou o porquê do envolvimento nesta competição: “Queremos incentivar a inovação no ambiente académico, motivada pelas necessidades da indústria”. Referindo as oportunidades que estão inerentes à participação no TecInnov Thales, destacou que a mesma permitirá aos criadores “de uma ideia desenvolvê-la com os montantes dos prémios, explorando-a até à sua implementação”.  Para terminar, desvendou os temas que sobre as quais se deverão debruçar os concorrentes da próxima edição, salientando ainda que o mais importante é “ter boas ideias, ter a capacidade de pensar fora da caixa”, afinal e como bem lembrou “as invenções mais cruciais dos nossos dias surgiram por acaso”.

O ímpeto de inovar e a vontade de resolver problemas – ingredientes indispensáveis nesta competição-  tornaram-se mais “palpáveis” no momento em que se começou a desvendar os três projetos vencedores da edição anterior. Além de partilhar as suas ideias iniciais, os representantes dos projetos aprofundaram as tecnologias e desenvolvimentos que o tempo e o impulso dado por este concurso ajudaram a desenvolver. O projeto ASIST (Autonomous System for Inspection of Structures), o sistema de “Monitorização da qualidade do ar interior para inferência de taxas de ocupação, conforto e eficiência energética”, e o projeto BikeRider tocam áreas distintas mas são pautados por uma rasgada vontade de inovar e foi fácil, ao longo das apresentações, perceber o porquê  de terem vencido.

Diogo Henriques apresentou o projeto que lidera e que valeu ao seu grupo de trabalho o prémio de 3.960€ nesta competição. A ideia inicial do projeto passava pela avaliação da  qualidade do ar interior para inferência de taxas de ocupação, conforto e eficiência energética. Através de um dispositivo IoT (Internet of Things) multisensor desenvolvido pelo seu grupo de trabalho, foi possível avaliar as condições ambientais e a qualidade do ar em salas de aula do Técnico, em gabinetes e ainda no shuttle que diariamente faz a ligação entre o campus da Alameda e do Taguspark. Através dos sensores de CO2 de infravermelho (NDIR), de VOCs (Volatile Organic Components), de temperatura, de humidade, de partículas suspensas e de movimento que integram a tecnologia desenvolvida pela equipa de Diogo Henriques foi possível obter diversas conclusões acerca da qualidade do ar dos espaços analisados. Além de realçar “que os objetivos inicias propostos foram atingidos” , Diogo Henriques,  aluno de doutoramento do Programa MIT Portugal (MPP),fez questão de partilhar algumas linhas do trabalho futuro: “queremos melhorar o hardware, o design da solução, partir para uma análise de mercado e contacto com potenciais clientes”. Da abordagem superficial que fizeram ao mercado, o aluno de doutoramento desvenda para já “a ótima aceitação”.

No decorrer das apresentações, os participantes da sessão intervinham ativamente, colocando questões sobre os projetos e dando algumas dicas construtivas aos grupos de trabalho. Era possível descobrir futuros candidatos na forma como tiravam apontamentos, absorvendo todo o tipo de informação possível, para daqui a um ano serem eles a conduzir as apresentações vencedoras.

Mais informações sobre a 4ª edição.