Das ondas eletromagnéticas às ondas do mar. Entre 16 e 21 de julho, a semana da escola de verão PlasmaSurf juntou Física à atividade física e acolheu 24 estudantes de 12 nacionalidades num conjunto de formações sobre lasers, plasmas e fusão nuclear, bem como sessões de caiaque, surf, escalada e mountain boarding.
“Foi a primeira vez de quase todos neste tipo de desportos, mas praticamente toda a gente participou”, conta Gabriel Rouxinol, estudante de Engenharia Física e Tecnológica e participante no evento. A par das aulas e palestras a que assistem no campus Alameda do Instituto Superior Técnico, os participantes tinham os finais de tarde reservados para estas atividades.
Ligia Pomarjanschi, estudante romena de mestrado em Física Teórica e Computacional, tece elogios tanto ao programa de desportos como às aulas a que assistiu. Se, por um lado, “os professores fizeram um ótimo trabalho numa semana densa, no bom sentido do termo”, por outro apreciou “muito mais fazer as atividades desportivas do que passar parte dos dias a visitar a cidade de uma forma mais convencional”.
Horácio Fernandes, professor do Técnico e investigador do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), explica que o intuito do PlasmaSurf é “que os estudantes, mais tarde, surjam como uma comunidade”. “As pessoas não devem competir, mas sim colaborar. Se estiverem envolvidos em atividades em que vencem o medo em conjunto, isso efetivamente cria relações de cooperação”, justifica. Essa junção de esforços é, para o docente, essencial, em particular na área da fusão nuclear, na qual afirma que “é preciso mais cooperação do que competição. Os Prémios Nobel são cada vez menos individuais e cada vez mais coletivos, e ainda bem que assim é”.