O tema “Talento do futuro” esteve em debate no Anfiteatro Abreu Faro, do campus Alameda do Instituto Superior Técnico, na tarde de 16 de maio. Ao painel, Rogério Colaço, presidente da Escola, deixou, como desafio, evitar o “mais trágico erro para o país: a perda do talento que cria ano após ano”.
Noutro ângulo, Pedro Amaral, Vice-Presidente do Técnico para a Interface Empresarial, Inovação e Empreendedorismo, notou que a existência de “portugueses lá fora” pode significar “oportunidades para a exportação”, por se poderem encontrar “desafios que possam ser respondidos de cá para lá”. Como exemplo, o dirigente apontou o Técnico Alumni Chapter, iniciativa que permite reforçar a ligação entre alumni que se encontram fora de Portugal e a Escola.
A competição no “mercado global” poderá também ajudar a trazer estudantes estrangeiros para as escolas portuguesas, destacou Rui Cohen, Chief Technology Officer da Worten. O também alumni do Técnico referiu ainda que a “captura de talento” é necessária “para que se transformem as organizações” e alertou para a “velocidade alucinante com que estas acontecem”, o que, por consequência, obriga à “atualização do conhecimento das novas gerações”, concluiu.
Para quem está prestes a integrar o mercado de trabalho a preocupação é conseguir uma experiência o mais próxima possível da realidade. Catarina Martins, vice-presidente da Júnior Empresas do Instituto Superior Técnico (Junitec), explicou que no contexto académico “um projeto tem resposta certa” enquanto que “no mercado de trabalho não será bem assim, há outras variáveis”. Os núcleos de estudantes tentam “usar as competências teóricas no desenvolvimento de projetos que querem ver implementados” e assim “espelhar” as nuances que poderão surgir para lá dos muros da Escola. As atividades dos núcleos permitem também “colaborar com as empresas de forma participativa” e “abrir a escola à sociedade”, sendo “da interação que nasce o valor acrescentado”, acrescentou Pedro Amaral.
Catarina Moreira, People Attraction Coordinator da Worten, afirmou que a “proximidade com a academia é proximidade com o talento”, acrescentando que “o mercado de trabalho só consegue existir com este tipo de interações”.
O debate foi organizado pelo Instituto Superior Técnico em parceria com o Jornal de Negócios e a Worten e moderado por João Maia Abreu (Jornal de Negócios).