Durante a última semana, de 3 a 7 fevereiro, as portas do Departamento de Bioengenharia (DBE) abriram-se para receber cerca de 700 alunos do secundário, ávidos por aprender mais sobre Biotecnologia, Ciências Biológicas, Bioengenharia, Robótica ou Biomecânica. A vontade de saber mais com que os jovens participantes chegavam, rapidamente encontrava âncora no saber dos docentes e alunos envolvidos na organização dos Laboratórios Abertos do DBE, em mais uma edição que ficou marcada pelo sucesso.
Ansiosos para descobrir que os esperava e curiosos com tudo o que poderiam aprender. Era assim que os participantes se assumiam à chegada ao Técnico. Aqui, tudo fora preparado ao detalhe para não deflagrar expectativas, e em simultâneo para semear a vontade de querer descobrir mais. Antes de tudo, e através de uma breve apresentação do departamento e dos núcleos de alunos com ligação ao mesmo, era possível descobrir um pouco mais sobre o DBE e o ambiente dinâmico que o carateriza. A palestra conduzida por docentes e investigadores sobre temas tão diversos quanto desafiantes era o aperitivo de uma descoberta que terminava- ou não- a segurar um tubo de ensaio ou a admirar o conteúdo de uma Placa de Petri.
Na passada sexta-feira, 7 de fevereiro, coube à professora Susana Vinga explorar o tema da Bioinformática sob o olhar atento dos jovens estudantes. “O meu objetivo é dar-vos um ‘cheirinho’ daquilo que é esta área”, começava por dizer a docente do DBE. “Todos os sistemas são passíveis de ser observados do ponto de vista matemático”, explicava. “As áreas de investigação que se cruzam com a bioinformática, o crescimento exponencial desta área, a importância da sequenciação, e a forma como os algoritmos estão a mudar a sociedade foram alguns dos focos da apresentação da docente. De olhar esbugalhado, os alunos seguiam e comentavam os ensinamentos partilhados, sublinhando a pertinência do que ouviram.
Alguns minutos depois a viagem continua, mas com uma vista mais prática. Divididos em pequenos grupos, os participantes têm oportunidade de perceber como é avaliada a resistência a antibióticos, ou de observar fungos diversos e extremamente coloridos ao microscópio. A pergunta que mais vezes é feita aos mentores diz tudo sobre o agrado com que a experiência foi vivida. “Nas aulas podem vir para aqui e descobrir isto tudo?”. A resposta apenas abria a porta a mais vontades.