A cerimónia de abertura do Ano académico 2017/2018, que decorreu esta quarta-feira, 20 de setembro, começou da mesma maneira marcante que todos os anos: com várias dezenas de professores das várias faculdades da Universidade de Lisboa a desceram a escadaria da reitoria rumo à Aula Magna. Do outro lado da porta uma audiência composta por centenas de pessoas com ligação à universidade. Desta vez, também os estudantes foram convidados a fazer parte da organização deste dia.
Rui Mendes foi o primeiro a intervir, em representação do pessoal técnico e administrativo. Num discurso ousado, afirmou “que é preciso fazer mais e melhor”, mesmo que esta instituição já se posicione “no seio das melhores universidades da Europa”. O Coordenador da Área de Assuntos Internacionais do Técnico reiterou que “queremos assentar o nosso futuro em novos caminhos, em novas descobertas, na inovação, na definição de novos processos, na criação de valor e no reconhecimento de toda a atividade desenvolvida”. Lembrou ainda que “os méritos e a valência das instituições também determinam o posicionamento dos seus e criam um espírito de harmonia e desenvolvimento”.
Sofia Escária, escolhida como a representante dos alunos, protagonizou um dos momentos mais calorosos do evento. Falou em nome de “todos os estudantes”, aqueles que apelida como a “força viva de um organismo que se pretende interventivo e dinâmico”. Não deixou de dar recados, exaltando algumas das causas mais importantes para os estudantes, pedindo para que os mesmos sejam incluídos no processo decisório. No “inicio deste novo ciclo”, como o definiu, “fica aqui a certeza da parte dos estudantes que estamos preparados para os desafios que possam surgir, e estamos preparados para ultrapassar sempre de cabeça erguida, procurando defender o interesse de todos os estudantes”, frisou a estudante.
Também o professor Rogério Gaspar que usou da palavra em representação dos docentes e investigadores da Universidade de Lisboa, dedicou grande parte das suas palavras aos novos estudantes: “o começo de um novo ano letivo é também o momento de iniciar um percurso de descoberta, de metamorfose, de crescimento para muitos jovens que amanhã terão a responsabilidade do futuro das suas famílias, das suas comunidades, da economia, da cultura, do conhecimento, da sociedade”, declarou o docente. Um caminho que os ajudará e preparará para “serem os atores e os autores de um futuro fértil que todos desejamos”, frisou ainda.
O recém-empossado Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa, o professor António Cruz Serra, guardou-se para último. Falou quase sempre no plural, quando lembrou o que se fez, mas também quando realçou o que é necessário fazer no futuro. “Ciente da grande responsabilidade do cargo”, como se afirmou, expôs a sua “ambição de construir uma universidade mais reconhecida e relevante em Portugal e no Mundo”. Quanto aos desafios que se colocam à instituição, o reitor está certo de que “a Universidade de Lisboa saberá cumprir o seu papel na construção de um Portugal melhor, mais justo, mais desenvolvido e mais ambicioso, onde a opinião e o trabalho de todos sejam apreciados e devidamente valorizados.
O professor António Cruz Serra não deixou, claro, de dirigir uma “calorosa palavra de boas-vindas” aos novos estudantes: “nesta universidade terão todas as condições para desenvolver as vossas competências científicas e técnicas, mas também as vossas capacidades humanas e a vossa cidadania. Serão fonte de inspiração para muitas pessoas.” Antecipou o “trabalho árduo”, “as dificuldades”, mas vincou “os bons momentos, a independência, e capacidade crítica” com que a instituição os dotará. “Estejam bem cientes do muito que se espera de vós”, sendo que do lado da Universidade “tudo faremos para estar à altura dos vossos sonhos e dos vossos anseios”, assegurou o professor.