Ciência e Tecnologia

Estudante e professor do Técnico no plantel vencedor do Campeonato Internacional de Cibersegurança

A equipa europeia ‘Team Europe’ venceu o evento decorrido no início de agosto e contou com dois portugueses, ambos do Técnico.

Dois membros da comunidade do Instituto Superior Técnico pertencem à equipa vencedora da International Cybersecurity Championship & Conference (IC3), na Califórnia. Pedro Adão, professor do Técnico, foi um dos treinadores da equipa vencedora ‘Team Europe’, que reuniu 17 competidores, entre os quais Bruno Mendes, estudante do Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores. Antes da partida da equipa europeia para San Diego, o Técnico fora o ponto de encontro do último bootcamp, em preparação para a competição que o grupo viria a vencer.

O evento realizado no início do mês de agosto reuniu sete equipas oriundas de todos os cantos do mundo e pô-las à prova com uma série de desafios na área da cibersegurança. Estes incluíram competições de programação em tempo-real num estilo de “ataque-defesa”, durante as quais as equipas tiveram de corrigir falhas de segurança nos servidores que a organização lhes atribuiu, utilizando também as falhas das restantes equipas para atacá-las. Houve também uma modalidade na qual, perante um jogo de estratégia com erros propositados programados pela organização, cada equipa desenvolveu uma inteligência artificial com o objetivo de aproveitar esses erros da forma mais eficaz possível, numa tentativa de vencer o jogo.

Envolvido em atividades de formação e treino nesta modalidade desde 2014, Pedro Adão, que faz também parte do comité organizador do evento, tece elogios aos membros de todas as equipas. “Estes participantes não aparecem do nada – são pessoas bastante dedicadas que praticam regularmente”, esclarece. Toda essa vontade de vencer não impede que exista também “uma grande camaradagem e espírito de união” entre os participantes, acrescenta.

Bruno Mendes ecoa a ideia, fazendo um relato positivo da sua experiência enquanto jogador. Defende que “participar numa equipa desta dimensão foi uma experiência enriquecedora e inesquecível”. O estudante aponta que, dado o interesse comum e até mesmo o ambiente de alta competição, “não foi difícil criar laços de empatia com os restantes elementos e também com os participantes das outras equipas”.