Ciência e Tecnologia

Estudantes do Técnico participam na “liga dos campeões” da robótica

Antes da grande prova, a RoboCup23, que se realiza em julho, na cidade de Bordéus (França), a equipa do Técnico põe os robots à prova em Tomar (abril) e Sevilha (maio).

Uma equipa composta dos estudantes do Instituto Superior Técnico e investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR-Lisboa) foi apurada, no início do ano, para participar na RoboCup23, a “Champions League” das competições de robótica. Este ano a competição internacional  realiza-se de 4 a 10 de julho, em Bordéus (França) e conta com a presença de mais de 2500 participantes e 40 mil visitantes de vários países.

A RoboCup é considerada a maior competição de robótica do mundo e visa promover o interesse, a prática e o conhecimento das ciências relacionadas: mecatrônica, informática, eletrônica, mecânica, internet das coisas e inteligência artificial. Organizado em torno de ligas competitivas que representam campos de investigação científica, o evento reúne milhares de investigadores em torno de uma ambição comum: partilhar conhecimentos e fazer avançar o progresso técnico e científico.

A equipa intitulada SocRob@Home é, atualmente, a vertente activa da SocRob, um projecto a longo prazo que nasceu no ISR-Lisboa. A equipa começou por participar na liga de futebol (Soccer Robots) mas com o passar do tempo englobou uma vasta gama de esforços para para executar tarefas, com particular enfoque na participação em competições científicas. O projeto e a história da SocRob esteve já em destaque no episódio 41 do podcast “110 Histórias | 110 Objetos” do Instituto Superior Técnico.

A RoboCup não será a única competição em que a equipa participa em 2023, estando já em preparação para o Festival Nacional de Robótica, que vai decorrer em Tomar, de 28 a 30 de abril, e para a euROBIN Hackathon, em Sevilha, de 13 e 19 de maio.

Carlos Azevedo, aluno de Doutoramento e o “capitão” da equipa, explica que “o objetivo da SocRob é ter a melhor prestação possível em todas as competições, mas o FNR e a Hackaton servirão para avaliar os algoritmos em ambiente real e permitir que a que equipa chegue ao RoboCup o mais bem preparada possível”. “Neste momento, temos seis teses de Mestrado a serem desenvolvidas dentro da equipa e estas competições ajudam a motivar e incentivam a partilha de conhecimento. Além disso, proporcionam uma plataforma de testes bastante exigente, não só por ser um ambiente que não conhecemos à partida, mas também porque a performance é avaliada por árbitros externos e imparciais”, complementa.

A equipa do Técnico aceita continuamente novos parceiros e patrocinadores que queiram ajudar a potenciar as suas atividades e contribuir para a missão ambiciosa: a conquista da primeira vitória de uma equipa do Técnico na RoboCup.