O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Microsistemas e Nanotecnologias (INESC-MN) é um dos 40 finalistas do Innovation Radar Prize 2019, entregue pela Comissão Europeia, na categoria “Women Led Innovations”. “Esta nomeação vem no seguimento da nossa participação num projeto europeu, o Magnamed, que foi identificado pelo Innovation Radar do programa H2020 como um projeto de elevado potencial de inovação na área das nanotecnologias aplicada à área de biosensores magnéticos”, explica a professora Susana Freitas, docente do Departamento de Física (DF), investigadora do INESC-MN e uma das potenciais galardoadas. “Nesse projeto, a equipa é liderada por mim – nos sensores-, a Verónica Romão – na área da deteção biológica – e a Sofia Martins – no empreendedorismo”, refere ainda a docente.
O INESC-MN ficou referenciado numa reunião do projeto Magnamed em que esteve presente um representante da comissão europeia. “Nessa reunião destacámo-nos dos parceiros por termos uma tecnologia muito versátil para biosensores baseada na deteção magnética, que temos utilizado há vários anos para diferentes contextos e com muito potencial além do contexto projeto”, relembra a professora Susana Freitas. A notícia de que o instituto havia sido selecionado para integrar o grupo de finalistas foi recebida com grande entusiasmo por toda a equipa.
Ainda que reiterando o papel estratégico do INESC-MN no projeto H2020-Magnamed e o conceituado prestígio internacional da instituição na área dos biosensores, a professora Susana Freitas acredita que o que terá despoletado esta nomeação “terá sido o facto de termos uma equipa muito jovem e dinâmica no INESC-MN, com uma forte presença feminina”.
Reunidas as 40 instituições finalistas, segue-se a fase da votação pública, de onde sairão vencedoras as 3 instituições para cada categoria. Depois disso, as instituições apuradas terão oportunidade para apresentar as ideias num pitch em frente a um júri de especialistas em Bruxelas, que apurará os grandes vencedores. Questionada acerca de uma hipotética vitória, a professora Susana Freitas responde-nos com confiança: “fomos selecionados, logo há uma esperança na conquista do prémio”.
Para a professora Susana Freitas esta nomeação é uma mostra do potencial feminino do INESC-MN. “É uma instituição exemplo no que diz respeito ao equilíbrio de géneros, em áreas normalmente dominadas pelo género masculino, como engenharia, sensores, microeletrónica”, frisa a docente do DF. Além do talento este equilíbrio expressa-se em números, uma vez que 57% do total de colaboradores do INESC-MN são mulheres. “Quem trabalha connosco integra equipas com investigadoras muito dinâmicas e inspiradoras”, conclui a investigadora.