Ciência e Tecnologia

Investigação de André Martins na área da Inteligência Artificial traz nova bolsa ERC para o Técnico

Investigador do Técnico e do Instituto de Telecomunicações (IT) recebeu uma bolsa europeia de perto de 2 milhões de euros para estudar redes neuronais artificiais aplicadas ao processamento de linguagem natural.

O Investigador do Técnico e do Instituto de Telecomunicações (IT) na área da Inteligência Artificial (IA), André Martins, recebeu uma bolsa de consolidação do Conselho Europeu de Investigação (ERC), no montante de cerca de 2 milhões de euros, anunciou dia 31 de janeiro, o organismo europeu.

A bolsa será aplicada no projeto DECOLLAGE, que visa encontrar soluções para problemas fundamentais do processamento de linguagem natural (NLP). Para tal, recorrerá a uma metodologia interdisciplinar que combina ferramentas de inteligência artificial, modelação esparsa, neurociência e ciências cognitivas.

André Martins espera contribuir para que “humanos e máquinas” possam “comunicar” de forma eficaz e “trabalhar colaborativamente na resolução de problemas cada vez mais complexos”. O desenvolvimento deste projeto impactará áreas como os sistemas de tradução automática e de conversação livre.

Muito embora já existam modelos de aprendizagem profunda para o processamento de linguagem natural, estes possuem lacunas – como a incapacidade de generalizar para novos domínios ou de tirar partido de informação de contexto – o que os torna pouco fiáveis.

Esta é a segunda vez que, o também Professor no Departamento de Engenharia Informática (DEI) e no
Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC) do Técnico, conquista uma bolsa da ERC. Em 2017, André Martins arrecadou 1,4 milhões de euros para o seu trabalho de investigação.

O Conselho Europeu de Investigação atribuiu 321 bolsas de consolidação num total de 657 milhões de euros, na última edição. Estas bolsas da ERC destinam-se a investigadores com sete a 12 anos de experiência, após a conclusão do doutoramento. Para além de André Martins, houve mais duas investigadoras portuguesas a receber a bolsa: Eugénia Chiappe, da Fundação Champalimaud e Susana Viegas, da Universidade Nova de Lisboa.