O projeto FRIENDS foi uma parceria de investigação que incluiu várias unidades de investigação do Instituto Superior Técnico – o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), o Instituto de Sistemas e Robótica (ISR-Lisboa) e o Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN). Contou também com a participação do Instituto de Telecomunicações (IT) da Universidade de Aveiro. Com tanto talento envolvido, não surpreende que tenha sido distinguido com uma menção honrosa do ‘Prémio Inovação – Pedro Oliveira’. Este evento, que distingue os projetos de investigação que a revista ‘Exame Informática’ considerou como os mais inovadores do ano, teve lugar a 23 de novembro.
FRIENDS (ou Fleet of dRones for radIological inspEction, commuNication and reScue Development) teve como objetivo o desenvolvimento de uma solução com veículos aéreos não tripulados (UAV) para apoio à comunicação em missões de busca e salvamento. Entretanto concluído, o projeto deu particular ênfase a cenários de catástrofe e na presença de material radioativo, onde os UAV permitem uma inspeção e monitorização mais seguras.
Alberto Vale é professor do Técnico e foi investigador principal do projeto pelo IPFN. Destacando que o trabalho foi desenvolvido ao longo do período de pandemia, com todas as dificuldades que daí advieram, o investigador conta que “a atribuição da menção honrosa reflete o reconhecimento de toda a paixão com que cada um [dos investigadores] se dedicou ao projeto”. O docente deixou também uma nota de apreciação pelo papel do Técnico – “para além de dispor de investigadores altamente especializados”, a Escola “providencia também infraestrutura e recursos, nomeadamente laboratórios e tecnologias de ponta, acesso ao conteúdo científico” e ainda “alunos ávidos para experimentar a investigação”.
Quanto aos passos seguintes, Alberto Vale revela que, tendo o projeto FRIENDS terminado com sucesso, tem vindo a ser elaborada uma nova proposta para uma ‘sequela’. “Posso antecipar que, para além de veículos aéreos não tripulados, [o próximo projeto] vai envolver também quadrúpedes robóticos a operarem em equipa e em ambientes mais adversos”, adianta o investigador.