Ciência e Tecnologia

Robôs de assistência doméstica competem no Técnico

O maior torneio da temporada de 2017/2018 da European Robotics League (ERL) – Service Robots Challenge reúne cinco equipas de todo o mundo e congrega várias etapas associadas às múltiplas tarefas domésticas.

Aglomerados a meio da sala, os vários robôs, uns visualmente mais elaborados que outros, denunciam desde logo a essência do evento que o Instituto de Sistemas e Robótica(ISR) recebe de 28 a 31 de agosto. Trata-se de mais um dos torneios da European Robotics League (ERL) – Service Robots Challenge, a competição científica que envolve robôs que operam num ambiente doméstico, capazes de interagir com humanos e de os ajudar a realizar tarefas.

Num canto da ampla sala estão as equipas de programadores a ultimar pormenores para obter o melhor resultado possível na etapa de reconhecimento de objetos. Esta será apenas umas das muitas tarefas que os robôs em competição terão de executar. Reconhecer o mapa da casa e onde estão os seus objetos principais; identificar pedidos (por voz) de utilizadores da casa e do sistema, tais como apagar e acender luzes, ou ir buscar determinados objetos; seguir as pessoas até ao exterior para as ajudar a transportar coisas, são alguns dos exemplos de tarefas que preenchem igualmente o plano de atividades da competição. O cenário é comum a quase todas as tarefas: um apartamento totalmente mobilado e apetrechado com os mais variados utensílios.

Durante o ano, e à semelhança do que ocorrerá nos próximos dias no Técnico, têm lugar vários torneios em plataformas certificadas, localizadas em diversas instituições académicas e industriais europeias. O principal objetivo da competição é fazer “avançar a investigação em Robótica, através das soluções criativas que normalmente surgem nas competições, e também porque os desafios colocados evoluem de ano para ano e exigem uma abordagem integrada em que os vários subsistemas do sistema robótica têm que funcionar bem isolados e em conjunto”, explica o professor Pedro U. Lima, um dos responsáveis pela organização.

Para se tornarem elegíveis para um prémio as equipas têm que participar num mínimo de dois torneios por ano, e por sua vez a atribuição dos mesmos resulta de uma classificação obtida a partir das duas melhores participações. “Os pontos são obtidos através do desempenho na execução de tarefas robóticas”, explica o professor Pedro Lima. A esta competição vieram duas equipas de Inglaterra, uma alemã e uma do Paquistão, e claro a equipa da casa, os Socrob@Home. Na temporada de 2016/2017, a equipa do ISR ficou em 4º lugar entre várias equipas participantes, tendo sido os 2º classificados entre as que realizaram o número mínimo de torneios necessários para validar o resultado. A equipa do ISR obteve nesta prova de reconhecimentos de objetos, o que poderá ser um bom presságio para o resto da competição,  uma taxa de sucesso de 100%.  As atividades podem ser acompanhadas em direto aqui.