Ciência e Tecnologia

Técnico acolhe 13.ª edição de escola internacional de Inteligência Artificial

Escola de verão “Lisbon Machine Learning School” ofereceu formação no âmbito de aprendizagem automática e de processamento de linguagem natural.

A 13.ª edição da Lisbon Machine Learning School (LxMLS) terminou no dia 20 de julho, tendo contado com a participação de cerca de 170 estudantes. A iniciativa organizada em conjunto pelo Instituto Superior Técnico, Instituto de Telecomunicações (IT) e Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento (INESC-ID) reuniu oradores especialistas na área de aprendizagem automática e de processamento de linguagem natural, alcançando estudantes de várias nacionalidades e de áreas de estudo como Engenharia Eletrotécnica, Matemática, Engenharia Biomédica, Linguística e Economia.

Para Mário Figueiredo, professor do Técnico e um dos organizadores do evento, a LxMLS é uma oportunidade para “ter um curso dado por especialistas de renome, cobrindo desde os fundamentos da aprendizagem automática até aos mais recentes avanços da inteligência artificial generativa”. Para além disso, destaca que a atividade permite também estabelecer contactos com outros estudantes e investigadores da área, “criando ligações e laçosmuito importantes para as carreiras profissionais futuras dos participantes”, uma vez que, para além de estudantes, o evento conta com a presença de investigadores e de pessoas de indústria.

Desde dia 14 de julho, os dias foram divididos entre manhãs de exposição teórica e tardes de componente prática e laboratorial. “Foi a minha primeira escola de verão”, conta Ed Chapman, estudante britânico, durante uma das pausas para lanche entre atividades. “Não sabia muito bem com o que podia contar, mas tem sido ótimo. Há uma grande variedade de assuntos nas palestras e o facto de muita gente vir sozinha ou em grupos pequenos encoraja-nos a conversar uns com os outros”.

Sara Rajaee, estudante da Universidade de Amsterdão, não esconde as breves dificuldades que todos sentiram ao início, enquanto tentavam ‘quebrar o gelo’. “O primeiro dia foi um pouco desafiante, mas foi-se tornando mais fácil encontrar interesses comuns a todos”. Para facilitar o processo, os participantes são encorajados a conviver mesmo após o término das atividades da tarde – caminhadas, escaladas e jantares-convívio foram algumas das experiências que os estudantes destacaram.

Venelin Kovatchev, professor da Universidade de Birmingham, comparece pela quinta vez na iniciativa. “Da primeira vez, ainda era estudante. Nas restantes quatro, já ajudei a organização. É um ótimo evento do ponto de vista social, porque é possível encontrar tanto estudantes como investigadores da área”, conta. Sara Rajaee concorda com a ideia, acrescentando que “a atividade é semelhante a uma conferência, só que diria que ainda se torna melhor. É um ambiente menos formal, tornando-se mais fácil conhecer pessoas”.