O Instituto Superior Técnico foi um dos selecionados para participar no Progress TT, um programa da ASTP-Proton que visa capacitar vários gabinetes de transferência de tecnologia por toda a Europa. Assim e para começar a delinear estratégias e a identificar fragilidades no registo de patentes e na transferência da tecnologia para o mercado, decorreu esta quarta-feira, 29 de março, uma reunião que envolveu investigadores e alunos de doutoramento, a área de Transferência de Tecnologia ( TT@IST), o empresário José Guerreiro de Sousa da Armilar e o consultor de inovação Andrea Basso, especialista na área que durante seis meses irá acompanhar o Técnico neste processo.
Em grupos os vários convidados foram desafiados a avaliar a tecnologia e a viabilidade da mesma. A concorrência, a qualidade da equipa, o tempo de desenvolvimento e custos, as necessidades ou o valor da proposta foram alguns dos parâmetros ponderados pelos dois grupos criados.
Durante a sessão, Andreas Basso e o professor Luís Caldas de Oliveira, vice-presidente do Técnico para o Empreendedorismo e Ligações Empresariais, ajudaram os grupos na definição das dificuldades. O consultor, cujo currículo conta com passagens pelo mundo académico, com envolvimento em startups e ainda com mais de uma centena de patentes desenvolvidas, ia ouvindo a essência dos vários projetos, aconselhando os seus autores acerca do melhor caminho a seguir. “Lembrem-se que o investidor não aposta em algo sem valor, que não potencie necessidades e sem mercado”, assegurou numa das suas intervenções.
No final da sessão a perceção do caminho que havia a percorrer tornou-se mais nítida, nomeadamente em relação à necessidade de evoluir em termos de visão comercial da tecnologia. “Quando nos candidatamos a este programa, percebemos o elevado potencial do Técnico, e definimos onde nos queríamos posicionar daqui a cinco anos, e as principais falhas que existiam”, explicou Carla Patrocínio, coordenadora da área da Área de Transferência de Tecnologia.” Queremos melhorar a nossa capacidade de ser a ponte entre os nossos investigadores e os investidores, e no final aumentar o número de comunicações de invenções e o sucesso das mesmas”, acrescentou.