Ciência e Tecnologia

Técnico integra consórcio que quer transformar a Indústria Têxtil

Projeto Lusitano, criado no âmbito do Plano de Resiliência e Recuperação de Portugal (PRR), aponta para a aceleração da transformação estrutural da Indústria Têxtil.

Arrancou, no início de 2023, o projeto Lusitano – Agenda Mobilizadora para a Inovação Empresarial da Indústria Têxtil e do Vestuário (ITV). A iniciativa, que representa um investimento de 111,5 milhões de euros, é uma das várias em que o Técnico participa, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Nesta agenda, que visa acelerar a transformação estrutural da ITV, o Técnico faz-se representar pelo grupo de Gestão Industrial do Departamento de Engenharia Mecânica e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Microssistemas e Nanotecnologias (INESC MN), centro de investigação associado da Escola.

O projeto Lusitano aposta na investigação e desenvolvimento de novas soluções, baseadas em fibras e fios naturais ou reciclados, bem como na procura de soluções energéticas e de gestão de recursos para a ITV.

A participação do Técnico no programa passa pela colaboração no desenvolvimento de um produto para Melhoria Contínua Ágil e Sustentável – PDCA 4.0. Esta ferramenta permitirá a identificação automática de desvios dos indicadores de desempenho, apoio à identificação de causas-raiz nos projetos de resolução de problemas e ainda prever o impacto das contrapartidas resultantes.

Segundo o professor Paulo Peças, responsável pela equipa, “a disponibilização de um ambiente visual e intuitivo permitirá às equipas de melhoria contínua um mais fácil acesso a técnicas de análise de dados”. As empresas serão também mais eficientes e eficazes no aumento do desempenho operacional e utilização de energia, materiais e consumíveis. Assim, garantir-se-á a envolvência dos especialistas humanos e das suas perceções e intuições. A demonstração deste produto a diferentes players do setor têxtil permitirá validar a utilidade industrial do mesmo”, complementa.

Ao INESC MN caberá a conceção de etiquetas inteligentes que permitirão identificar produtos, transmitir e analisar dados do processo de produção. Será ainda possível o seu rastreamento online e em tempo real. Para tal, serão instalados sistemas de monitorização online para controlar a produção têxtil e a resposta das etiquetas. Estes trabalhos serão liderados pela professora Helena Alves.

Participam também no projeto liderado pela Nau Verde: Twintex – Indústria de Confeções, S.A., Paulo de Oliveira, S.A., RIOPELE – Têxteis, S.A., Calvelex – Indústria De Confeções, S.A., Polopique – Comércio e Indústria de Confeções, S.A., Polopique – Acabamentos Têxteis, S.A., Polopique II – TECIDOS, S.A., Vanguarda – Soluções de Gestão e Organização Empresarial, LDA., Polywasser Technologies, LDA., Universidade da Beira Interior, Universidade do Minho, Instituto Superior Técnico, Associação Fibrenamics – Instituto de Inovação em Materiais Fibrosos e Compósitos, INESC Microsistemas e Nanotecnologias, CENIT – Centro Associativo de Inteligência Têxtil, FF – Associação Fábrica do Futuro da Moda e do Design, e a Ventiláqua, S.A..