No âmbito do American Corners Portugal, decorreu esta quinta-feira, no Salão Nobre do Técnico, a palestra “Smart Homes Trends”, por Dan Costa (PCMag Editor in Chief).

Dan Costa começou por referir que, atualmente, a tecnologia “inteligente” está presente em praticamente todos os aspectos da vida quotidiana. Do telemóvel aos frigoríficos inteligentes é impossível as pessoas não estarem “em rede”. Os avanços na tecnologia de reconhecimento de voz são, na opinião do jornalista, uma das coisas que mais tem contribuído para a disseminação das casas inteligentes, afirmando mesmo que “este tipo de avanço faz-nos pensar como encaramos a própria tecnologia”.

De acordo com Costa, uma das áreas que mais tem estado em destaque nos Estados Unidos é a tecnologia inteligente para a agricultura e jardinagem, com progressivos avanços no campo da rega automática ou iluminação. Outra área que o jornalista considera estar em franco desenvolvimento é a tecnologia destinada a idosos que possibilita não apenas uma clara melhoria na qualidade de vida como permite também reduzir custos com lares ou acompanhamento.

A nível mais pessoal, o editor da PC Magazine avançou com algumas incertezas quanto à popularidade dos denominados “smart appliances”, em parte devido aos seus avultados custos. Ainda nesta área, Costa referiu-se a alguns exemplos que considerou de “má tecnologia”, como um dispensador de comida automática para cão que acabava por não funcionar ou uma garrafa de água que diz quanto água é necessária consumir ao longo do dia ou, ainda, o caso de uma caixa, transparente, que nos diz quantos ovos temos no frigorífico.

A popularidade da tendência “inteligente” é, para Dan Costa, devida sobretudo à questão da segurança que atua aqui como principal “motivação”, logo seguida da eficiência energética. Se em relação à questão da eficiência energética nada há a questionar, o jornalista terminou a sua palestra com uma contradição clara. Se por um lado a segurança faz com que cada vez mais pessoas queiram investir neste tipo de tecnologia por outro lado, esta mesma “segurança”, ou neste caso a falta dela, coloca sérias questões a este “admirável mundo novo”.