O Técnico acolheu esta segunda-feira, 17 de setembro, a comemoração da 2.ª edição do Dia Internacional do Microrganismo (IMD 2018), um evento que se sucede em vários sítios por toda Europa e que tem como principal intuito a divulgação da Microbiologia junto da sociedade. O vasto programa foi muito para além de palestras com conceituados nomes da área, e desafiou tanto profissionais como curiosos a participar em sessões de formação, visitar a exposição temática e interativa, que preencheu o átrio do pavilhão central, e para que o calor não servisse de desculpa era ainda possível degustar e tirar dúvidas sobre o método de produção das cervejas artesanais.
A sessão de abertura do evento contou com a presença do professor Arlindo Oliveira, presidente do Instituto Superior Técnico, a professora Isabel Sá-Correia, presidente da Sociedade Portuguesa de Microbiologia (SPM), a professora Ana Noronha, diretora executiva Agência Ciência Viva, o doutor José Matos, bastonário da ordem dos biólogos e ainda a professora Maria Amélia Martins-Loução, presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPE). As primeiras palavras ficaram a cargo da professora Isabel Sá Correia que enfatizou a importância deste evento na “promoção e divulgação da microbiologia”, enumerando os que contribuíram direta ou indiretamente para a sua realização, partilhando o seu desejo de que “para o ano sejamos ainda mais e estejamos a celebrar a microbiologia em todos os continentes”. O peso da comemoração do Dia Internacional do Microrganismo foi realçado pelos restantes intervenientes da sessão inaugural, nomeadamente o professor Arlindo Oliveira que destacou o orgulho do Técnico por acolher esta comemoração, evidenciando que a essência destas comemorações vai ao encontro de uma das missões da instituição: promoção e divulgação da engenharia e da ciência. “O século XXI será sem dúvida alguma o século da biologia”, frisou o presidente do Técnico.
Pretendendo simplificar a Microbiologia e simultaneamente demonstrar as suas potencialidades, as várias palestras que ao longo do dia se foram sucedendo no Salão Nobre iam demonstrando à audiência “o papel essencial que uma multidão invisível de seres vivos muito diversos” desempenham em múltiplos domínios. O primeiro a fazê-lo foi o professor José Paulo Sampaio, docente na Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa, e cuja palestra se debruçava sobre a necessidade e relevância das coleções de microrganismos. “Estas coleções providenciam vários serviços à sociedade nomeadamente: fornecer microrganismos para a investigação e para a indústria; obtêm, armazenam e distribuem informação sobre os mesmos; identificam e certificam culturas de microrganismos; realizam investigação em Microbiologia permitindo descobrir novas espécies; e ainda permitem realizar formação na área”, explicava o orador. “Numa era onde reina a desinformação, o trabalho dos cientistas e de quem trabalha o conhecimento é cada vez mais importante”, destacava ainda o orador, salientando mais uma vez a importância do evento enquanto meio de difusão de conhecimento científico junto da sociedade.
Os painéis multiplicaram-se ao longo do dia, com oradores nacionais e internacionais oferendo uma mescla de perspetivas e facilitando a perceção da influência da microbiologia em outras áreas do saber. O BAK e a SAKA – as mascotes do evento – que se revezaram entre as várias atividades organizadas, ajudaram a animar a audiência, e o seu ar simpático e colorido despertou a curiosidade e o interesse dos que com eles se cruzou. À mais simples abordagem ofereciam um abraço em nome do Dia Internacional do Microrganismo.