Ciência e Tecnologia

Uma sala cheia para ouvir o matemático Charles Fefferman

O galardoado com uma medalha Field abordou no Técnico um dos problemas em que tem trabalhado nos últimos anos.

Foi numa fração de minutos que o auditório Abreu Faro ficou repleto, na  tarde desta terça-feira, 30 de janeiro. Alunos, investigadores e professores de vários departamentos da Universidade de Lisboa, compareceram para ouvir o orador convidado do Simpósio de Matemática, o professor Charles Fefferman, da Universidade de Princeton. A explicar esta enorme adesão certamente estão, quer a diversidade de campos de investigação do orador, quer os importantes prémios que recebeu, nomeadamente aquele que muitos consideram ser o equivalente a um prémio Nobel na matemática- a medalha Fields, mas também a conhecida forma simples e motivante como o professor dá as suas palestras.

E foi assim mesmo que o professor Charles Fefferman conduziu toda a apresentação: de uma forma muito prática e numa linguagem coloquial, mas rigorosa. O matemático começou por realçar “o prazer de estar em Lisboa pela primeira vez, e de poder partilhar este momento convosco”. Seguiram-se mais de uma centena de slides escritos à mão, projetados ao ritmo a que seriam escritos num velho quadro de ardósia. Durante mais de uma hora, o professor da Universidade de Princeton partilhou e cativou a audiência com os mais recentes resultados de generalização do clássico teorema de extensão de Whitney. “Os algoritmos estão intimamente relacionados com um teorema refinado que nos preparamos para discutir”, afirmava a certa altura o matemático antes de avançar para mais uma panóplia de funções.