13 estudantes de seis cursos diferentes, organizados em quatro equipas – foi esta a composição de participantes na final do Start to Spark, um programa de estímulo ao empreendedorismo e inovação que acompanhou estudantes do Instituto Superior Técnico desde a conceção das suas ideias até às suas propostas de inserção das mesmas no mercado. A 6 de junho, a sala C10 do Pavilhão Central do campus Alameda foi palco do Demo Day – quatro apresentações em formato de pitch, onde as quatro equipas deram a conhecer quatro conceitos ligados a áreas como a saúde, as ciências da vida, o bem-estar e o ambiente.
O objetivo do Start to Spark é estimular a criatividade e colaboração dos estudantes, equipando-os com competências de empreendedorismo. O calendário do programa inclui várias fases, incluindo conceção, prototipagem e realização de apresentações em formato de pitch, de que foi exemplo o Demo Day. O evento reuniu estudantes a frequentar a unidade curricular de Projeto Integrador de 1.º ciclo das licenciaturas em Engenharia Biomédica, Engenharia Biológica, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Química e Matemática Aplicada e Computação.
Tecnologia usável que deteta sintomas de stress e recomenda guias de relaxamento para combatê-los em tempo real (Equilibrium); sensores adesivos ligados a uma app que mapeiam a contração muscular durante o exercício físico, para otimizar o rendimento da atividade (MyoTrack); uma caixa de medicamentos inteligente, com tecnologia Bluetooth, que indica que fármacos tomar, quando e em que quantidade, focando-se em condições de acessibilidade para a população mais idosa (ReMedi); e uma pulseira que mede atividade elétrica na pele e frequência cardíaca durante sessões de terapia cognitivo-comportamental (TCC, de combate a fobias, por exemplo), de forma a orientar a atividade do terapeuta, auxiliando-o a perceber a resposta emocional do paciente ao longo da sessão (Sensus) – tudo ideias nascidas da criatividade e engenho dos participantes e desenvolvidas no decurso de cinco meses, contando com as formações inseridas no calendário do Start to Spark, dadas por dez mentores diferentes em mais de 30 sessões.
A ideia vencedora, anunciada no fim do evento, foi a caixa de medicamentos inteligente ReMedi, mas Pedro Amaral sublinhou que “foi tudo muito renhido”. O vice-presidente do Técnico para a Interface Empresarial, Inovação e Empreendedorismo, integrante do júri do evento, reforçou que fica “muito contente ao ver uma iniciativa destas crescer desta maneira”. “Somos a escola de engenharia, de ciência, de tecnologia mais forte do país e também temos de ter este mindset de inovação até chegar à nossa economia – isto é fundamental e nós contamos mesmo com vocês neste ponto de vista”, defendeu, dirigindo-se aos estudantes presentes.
A iniciativa foi organizada pelos docentes Ana Vieira e Tânia Varela – também investigadoras do Centro de Estudos de Gestão do Instituto Superior Técnico (CEGIST) –, Miguel Preto, investigador do Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento (IN+), e Hugo Silva, investigador do Instituto de Telecomunicações (IT), bem como pela alumna do Mestrado em Engenharia Biomédica Joana Pinto (agora trabalhadora do IT) e a aluna do mesmo mestrado, Filipa Neves.
A equipa de júri contou com Pedro Amaral, Manuel Gaspar (gestor na Casa do Impacto), Salomé Azevedo (docente do Técnico, investigadora do CEGIST e em representação do Value for HealthCoLAB), Inês Pinho (da Unicorn Factory) e Vicente Garção (estudante de doutoramento do Técnico, investigador no Instituto de Telecomunicações (IT) e em representação do LAMPSY).