Campus e Comunidade

106 anos ao serviço do saber

Na sessão que iniciou as comemorações do aniversário foi dada a palavra a vários intervenientes com ligação ao Técnico.

Decorreu, esta terça-feira, 23 de maio, a Sessão Solene do Dia do Técnico. Uma cerimónia onde além da celebração e recordação dos 106 anos de história, se reconheceu o mérito dos que foram pautando este caminho e não se esqueceu a definição de metas futuras. A cerimónia contou com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, professor Manuel Heitor, do reitor da Universidade de Lisboa, professor António Cruz Serra e de Dava Newman, investigadora principal do Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT).

A abrir o leque de intervenções esteve o presidente do Técnico, o professor Arlindo Oliveira. Visivelmente entusiasmado com a data e a história que lhe está subjacente, o presidente lembrou a posição relevante que a escola tem ocupado no panorama do ensino de engenharia, sendo cada vez mais “uma escola para o mundo”. Destacou ainda os vários “desafios significativos que têm sido suplantados” nos últimos anos, “com a criação de muitas relações internacionais”, e recebendo “os melhores estudantes do país”. Relativamente ao futuro, acredita que este continuará a passar “pela excelência” e por um lugar de destaque entre as “melhores escolas de engenharia do mundo”.

Seguiram-se vários momentos de homenagem. A distinção do professor da casa pelo relevante papel académico e científico abrangeu, este ano, dois docentes: o professor Carlos Guedes Soares de Engenharia e Arquitetura Naval e o professor José Tribolet, de Engenharia Informática. O prémio IST excelência no ensino foi entregue a dois professores de Engenharia Informática:  o professor David Matos (1.º ciclo) e a professora Sandra Gama (2.º ciclo). Uma excelência que ambos apontam como o resultado do “gosto por aquilo que fazemos e que nos inspira”. Os restantes 150 professores que obtiveram nota máxima no sistema de qualidade das unidades curriculares (QUC) não foram esquecidos e levaram para casa o diploma da excelência que os carateriza.  A antiguidade foi também consagrada, tendo os funcionários que cumprem 25 anos ao serviço da escola sido medalhados e aplaudidos pela vasta plateia que preencheu o salão nobre.

“É um prazer estar aqui num dia tão especial e incrível como este”, dizia a investigadora do MIT, Dava Newman, no início do seu discurso que ficou pautado pela aspiração de um futuro “interplanetário”. A investigadora deu ênfase ao investimento do governo português na “investigação, tecnologia e ensino” que permitiu esta parceria do “MIT Portugal há 11 anos, e que tem sido uma jornada incrível”.  “Nos próximos 100 anos vamos ter humanos na área de marte” afiança Dava, exprimindo a sua ânsia “pelos próximos 100 anos desta parceria”.

As intervenções do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e do reitor da Universidade de Lisboa seguiram a mesma linha: o da necessidade de estimular e valorizar a carreira científica. “Precisamos valorizar e reforçar a carreira cientifica e de docência em Portugal.”, afirmava o professor Manuel Heitor, destacando o esforço que o governo tem encetado rumo a esse objetivo. Ideia que o professor António Cruz Serra retomou, afirmando que este investimento é importante para que “o Técnico continue a fazer bem o seu trabalho, e para que o seu impacto na sociedade continue a ser imenso”. O discurso do reitor da Universidade de Lisboa encerrou a sessão, mas não sem antes soltar um efusivo “Viva ao Técnico” que teve como resposta um ensurdecedor aplauso.