Ao trabalho árduo, à exigência dos exames nacionais e à ansiedade inevitável que antecedeu a divulgação dos resultados das colocações, sucede-se o alívio e a felicidade. Para muitos dos novos alunos, o Técnico foi na maioria das vezes primeira opção “e também a segunda e a terceira”, e em alguns casos mesmo a única. Por isso mesmo, o entusiasmo está-lhes nas palavras, mas sobretudo nas expressões de concretização que carregam naquelas que são as primeiras horas como alunos da Escola.
Esta terça-feira, 28 de setembro, foi a vez dos estudantes de Matemática Aplicada e Computação, Engenharia Biomédica e de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores visitarem o campus da Alameda, contactando com alguns dos novos colegas, questionando detalhes sobre o percurso que os espera, começando a verificar se as inúmeras expectativas que alimentaram ao longo de todo este processo correspondem à realidade.
Engenharia Eletrotécnica e de Computadores era a 3.ª opção de Marta Catalão, no entanto, não ficou desiludida por não ter conseguido entrar. “Ficaria feliz por entrar em qualquer uma das minhas primeiras três opções porque eram todas do Técnico”, salienta. A sua meta passava mesmo por fazer parte daquela que considera “uma das melhores faculdades para se estudar”, e “não estou a falar só de Portugal, mas também a nível Europeu”, faz questão de vincar. “Acredito que em termos de Engenharia não há nenhuma que bata o Técnico e foi com base nisso que escolhi”, complementa. Também por isso não podia estar mais confiante e entusiasmada sobre os próximos anos. “Acho que vai correr muito bem, tenho as melhores expectativas, sei que vou aprender imenso e conhecer muitas pessoas interessantes”, vinca.
As atividades inseridas no programa de acolhimento são diversas e estão espalhadas pelo campus da Alameda, o que acaba por ajudar no próprio processo de reconhecimento “dos cantos desta vossa nova casa”, como se ouve os mentores dizer enquanto fornecem orientações fulcrais. Todos os minutos são aproveitados para esclarecer dúvidas, antever rotinas, desmistificar ideias e traçar estratégias de sucesso. O campo da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST) é um ponto de passagem obrigatório, reunindo vários núcleos de estudantes. Os mentores conduzem-nos às várias bancas onde os novos estudantes ouvem atentamente, mas também questionam muito, refletindo o fascínio e a admiração que a informação passada gerou.
A média de 20 valores garantiria a Rafael Gomes o acesso direto ao curso que queria: Matemática Aplicada e Computação. “Desde sempre gostei muito de Matemática e quando descobri este curso chamou-me logo à atenção pelo nome e depois ao ver o programa pareceu-me ideal”, partilha. A hipótese virou certeza à medida que foi descobrindo a “boa reputação a nível nacional e internacional” do Técnico. Pareceu-me uma instituição exigente e eu também gosto muito de desafios e problemas, não sou muito de facilitismos”, declara, com um sorriso. Apesar de sempre ter sido bom aluno, quis garantir que a vaga no curso cuja média de entrada era de 188,3. “Eu sempre dei tudo, na escola havia sempre uma competição para ter as melhores notas e isso ajudou também a ter 20 a tudo”, frisa.
A assertividade de Margarida Bettencourt revela bem que a escolha que fez para o seu percurso académico foi bem ponderada. Engenharia Biomédica era já uma opção que tinha em mente há algum tempo, uma vez que o programa do curso contempla aqueles que são os seus principais interesses. “A excelência do Técnico é inegável. Sempre foi a minha 1.ª opção, porque sei que me vai preparar muito bem para o futuro”, refere. A exigência com que lhe falaram da Escola não melindrou a nova aluna, bem pelo contrário: “é um fator até atraente para puxar mais por mim”, sublinha. Para já não podia estar mais contente com o ambiente espetacular que encontrou: “os núcleos são imensos e desenvolvem trabalhos muito interessantes. É uma comunidade enorme e tão diversa. Acho que vou ser muito feliz aqui”, colmata.