Falar do Técnico é falar de excelência e se há evento que o demonstra como poucos é a cerimónia de entrega dos Diplomas de Excelência que decorreu esta terça-feira, 21 de maio. Os protagonistas da tarde iam chegando em grupos, acompanhados pelos pais ou pelos colegas de aventura. Uns mais tímidos e nervosos, outros mais confiantes, alguns vaidosos, mas a maioria ciente de que o diploma que receberiam nos próximos minutos era apenas um lembrete do trabalho que fizeram e do empenho que colocaram no mesmo.
O presidente do Técnico, professor Arlindo Oliveira, abriria a sessão felicitando os alunos que integram este quadro de mérito, e lembrando o valor desta distinção não fossem estes “os melhores dentro dos melhores alunos que entram no Técnico”. Frisando que esta excelência é um indicativo de um futuro promissor e lembrando que muitas vezes esta distinção que chega por intermédio do Técnico é um prenúncio de um futuro percurso profissional onde os reconhecimentos se sucedem, o professor Arlindo Oliveira advertia para a responsabilidade que vem associada a esta excelência. “Cabe-vos de certa forma a responsabilidade para no futuro termos uma sociedade melhor, mais equitativa”, declarava o presidente do Técnico. “Nós precisamos, cada vez mais, de pessoas de qualidade a liderar o mundo empresarial, político e nas demais esferas da sociedade e gostava de contar convosco para terem uma carreira brilhante, claro, mas também para servirem a sociedade”, afirmou ainda.
Francisca Simões, vice-presidente aluna do Conselho Pedagógico (CP), tomava depois a palavra para lembrar o legado de “brio e excelência” herdado pelos alunos da escola, mas também, – e à semelhança do que havia feito o presidente do Técnico- para lançar desafios futuros. “Vocês, melhor do que ninguém, sabem que os bons resultados são o resultado do esforço, da dedicação, do quanto põem no que fazem, no quanto colocam naquilo que estão a fazer nesse momento”, enunciava a determinada altura. Destacando esta cerimónia como um “momento simbólico de reconhecimento do esforço”, e relembrando que a grande recompensa “chegará ao longo da vossa vida”, Francisca Simões incentivava os colegas a colocarem um dia mais tarde esta excelência – e toda a lição subjacente à conquista da mesma – ao serviço da sociedade. “É necessário que ponham os vossos talentos a render. Somos jovens do século XXI, fazemos parte da geração mais habilitada de sempre, e vivemos tempos que nos pedem cada vez mais uma visão crítica, uma postura ponderada e uma posição esclarecida”, expunha ainda Francisca Simões. Com uma admiração que se lhe denotava na voz – e ciente do esforço que esta excelência implica- terminou saudando os colegas por serem tão bem-sucedidos na tarefa de trabalharem o talento que detêm.
Não querendo acrescentar muito ao que já havia sido dito pelos intervenientes anteriores, a vice-presidente do Conselho Científico (CC), professora Matilde Marques, salientou a satisfação por fazer parte deste momento e por testemunhar que “estes jovens com muitos interesses para além dos que aqui hoje são reconhecidos, e não deixando de ser jovens, conseguem cumprir objetivos e gerir o tempo de forma a alcançar estes resultados”. Além de importantes protagonistas do futuro, a professora Matilde Marques salientou que estes jovens são também “role models”, capazes de inspirar os colegas, mas sobretudo os futuros alunos do Técnico ao mostrar que é possível atingir a excelência. “Vocês são um orgulho para o Técnico e para a sociedade portuguesa em geral”, realçou a docente.
Depois de partilhar a história por detrás do quadro de mérito do Técnico, criado em 2011 e por sugestão de uma aluna que integrava o conselho pedagógico, a professora Raquel Aires-Barros, presidente do CP, explicava que com esta distinção a escola pretende “premiar todos os alunos que tenham conseguido não só notas elevadas, mas também aprovação a todas as unidades curriculares a que se tenham inscrito no mesmo ano”. Para terminar e porque o sucesso não se faz sozinho, a docente lembrava uma expressão que a acompanha e que se enquadra perfeitamente no momento e na audiência que a compunha: “Quem quer avançar rapidamente deve avançar sozinho, mas quem quer ir longe deve caminhar bem acompanhado”.
Dos mais de 1677 alunos que integram o quadro de mérito do ano letivo 2017/2018, mais de 100 marcaram presença na cerimónia. À medida que os vários nomes iam sendo enunciados, entre os “flashes” dos familiares e os cumprimentos dos colegas, era com um semblante orgulhoso que os alunos recebiam o almejado diploma que lhes sublinha a excelência, reconhece o trabalho e de alguma forma aguça o ego. “Celebramos hoje porque amanhã é dia de continuar a trabalhar”, comentavam à saída do Salão Nobre duas das premiadas, mostrando bem que o mérito é uma meta contínua que os alunos do Técnico sabem como cruzar.