Quarenta anos depois e com “um Técnico completamente diferente”, um grupo de cerca de 60 alumni da Licenciatura em Engenharia Civil juntaram-se no passado sábado, 24 de novembro, para celebrar a passagem pela escola e o curso que os juntou. As boas memórias guardadas e os detalhes que as eternizaram serviram de entrada num jantar repleto de alegria e que se promete repetir em breve. O professor Pedro Parreira, também antigo aluno e atualmente docente do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georecursos, foi um dos responsáveis pela organização da celebração e confessa que a maior motivação para a realização dos mesmos passa pela “felicidade dos colegas por se reverem passados 40 anos”.“Um colega que não vive em Lisboa dizia-me com uma grande ternura que não entrava aqui há 39 anos”, partilha de seguida.
Nas conversas que se retomam volvidos anos de afastamento – nuns casos mais prolongado do que em outros -, não se fala só do passado, e a passagem do tempo atiça a curiosidade sobre o presente. “Fundamentalmente além dos episódios vivenciados durante o curso, falamos sobre questões profissionais vividas pelos colegas durante estes anos todos de profissão”, destaca o docente. Também se torna inevitável relembrar as diferenças entre do Técnico de outrora e a escola que hoje é: “O átrio à frente do Pavilhão Central era suficiente para estacionar todos os automóveis de professores e alunos. Não existiam ainda o Pavilhão de Civil nem as Torres de Eletricidade”.
O facto de se terem formado numa época tão conturbada como foi a que antecedeu o 25 de abril, com inúmeros conflitos pelo meio, parece -pela forma como o celebram- ter tornado o diploma de engenheiro ainda mais marcante. Uma ideia que o professor Pedro Parreira confirma: “Sem dúvida alguma que tornou esta conquista mais marcante”. “Tirando os colegas mais ligados ao associativismo, a grande maioria de nós não tinha uma ideia precisa do que era a ‘democracia’. Os colegas queriam era estudar, ter aulas e tirar o curso que iria ajudar no futuro”, recorda ainda.
Num programa que se centrou essencialmente em celebrar, o momento alto do encontro foi, sem dúvida, aquele em que se cantou os parabéns ao um ritmo efusivo de quem não podia estar mais feliz por voltar.