João Alcântara, João Simão, João Jacinto e Lourenço Cruz, estudantes de Engenharia Biológica do Técnico, rumaram a Brno, na República Checa, em pleno período de férias, cheios de expectativas e de curiosidade, mas acima de tudo com muita vontade de absorver todos os ensinamentos que podem advir de uma participação na final da maior competição de engenharia da Europa – EBEC European BEST Engineering Competition. Na bagagem de regresso trouxeram um honroso terceiro lugar, “algo a não esquecer”, como referem, um sucesso que “prova que com trabalho, vontade de aprender e algum espírito de sacrifício se consegue fazer tudo”, salientam os The firm.
A competição começou a 31 de julho e terminou a 8 de agosto, uma semana de desafios, onde se testaram limites criativos, com muito talento e projeções de futuro à mistura. As equipas vencedoras de cada fase nacional ou regional da EBEC competiram numa de duas categorias – Case Study e Team Design– em quatro provas diferentes, sendo a média final das quatro provas de cada equipa usada para atribuir a classificação final. Os desafios eram apresentados no início de cada dia, ao qual se seguiam aproximadamente nove horas de trabalho, que só terminavam com uma detalhada apresentação final ao júri.
As provas na sua génese acabavam por se direcionar mais para as áreas de mecânica e eletrotecnia, o que explica o facto de grande parte das equipas serem maioritariamente compostas por estudantes dessas áreas ou semelhantes. Ainda assim, os The Firm, que competiram na categoria de Case Study, foram uma exceção à regra muito bem-sucedida, e compensaram a natural desvantagem com muita “imaginação, conceptualização e estudo económico das nossas soluções”, como revelam os alunos do Técnico. “Fomos certamente das equipas que apresentaram soluções mais consistentes e aplicáveis ao mundo real, que é exatamente o que as empresas procuram”, acrescentam ainda.
Ao lugar no pódio que alcançaram e que relembram “com orgulho”, junta-se um vasto leque de valências desenvolvidas, e que vão desde o “trabalho em equipa, a capacidade de gestão de tempo e energia” até “à comunicação e imaginação que são desenvolvidas ou aperfeiçoadas”, destacam os The firm. “Por outro, também é testada a capacidade de produzir trabalho consistente ao longo de vários dias, o que engloba gestão de esforço e capacidade de manter uma mentalidade de foco e trabalho”, evidenciam.
Por estarem prestes a entrar no último ano de faculdade, prontos para embarcar em novos projetos, os alunos de Engenharia Biológica descartam voltar a concorrer na próxima edição do concurso organizado pelo BEST, porém não hesitam em afirmar que esta é sem dúvida “uma oportunidade única de desenvolvimento pessoal, pelo que uma participação continuada traria certamente frutos”.