Uma das equipas que irá representar Portugal na fase final da maior competição de Engenharia da Europa, em Brno, na República Checa, é constituída por alunos do Técnico. João Alcântara, João Simão, João Jacinto e Lourenço Cruz, estudantes de Engenharia Biológica venceram a categoria de Case Study na fase nacional da competição. Os “The firm” seguem agora para a ronda final que decorrerá durante o mês de agosto, e onde mais catorze equipas dos países participantes irão disputar o título de melhor futuro engenheiro da Europa.
A curiosidade dos quatro alunos para o concurso despertou quando vislumbraram o nome da McKinsey & Company, na lista de parceiros da EBEC. “Todos temos bastante interesse em consultoria neste momento”, começa por explicar Lourenço Cruz. O interesse pela área motivou-os a formar uma equipa, prevendo desde logo a “ótima oportunidade” que teriam “para aprender mais sobre este meio profissional”, afirma o aluno do Técnico.
Na fase nacional foram confrontados com dois desafios: projetar um aquecedor de espaço para a empresa OZ Energia, e estudar a possibilidade de instalação de uma aldeia solar autossuficiente numa região remota de Angola para a empresa Valled – Soluções Energéticas. Conscientes de que a competição estaria mais acessível para alunos de Mecânica, Eletrotecnia e Materiais, tentaram contornar isso, focando-se nas áreas em que tinham mais hipótese e conhecimento, tendo desenvolvido uma ideia com uma forte componente de negócio, estudo de mercado e gestão. “O nosso ataque aos problemas foi mais conceptual e virado para os mercados e a gestão”, reitera Lourenço Cruz. A isso juntaram muita análise e estimativa de custos “e acima de tudo, muito brainstorming para desenvolver soluções que se diferenciassem das outras não necessariamente pelas suas especificidades técnicas, mas pela sua utilidade/realismo.”, vai explicando Lourenço Cruz.
O grande truque para terem passado à final terá sido em grande parte pela atenção detalhada que deram “ao impacto económico das nossas soluções, que tentámos manter o mais realistas e sustentáveis possível”, destacam os “The firm”. “A nossa falta de conhecimento jogou um pouco a nosso favor, porque nos obrigou a pensar de forma espontânea e muito criativa”, confessam ainda.
Para a fase final europeia comprometem-se a dar o seu melhor para que “no fim da competição possam olhar para trás com satisfação e orgulho”. Não sabem se vão ganhar, mas a verdade é que já se estão a preparar para isso, aprendendo “o máximo sobre os possíveis desafios que nos esperam” de forma a colmatar qualquer falha técnica. Esta será a derradeira prova para os cerca de 5000 participantes de toda a Europa, que terão a oportunidade de demonstrar as suas capacidades num ambiente internacional, desenvolvendo competências e colocando à prova os seus conhecimentos.