Colocar cerca de 65 jovens, entre os 16 e os 18 anos, a sorrir através da matemática pode parecer difícil, mas esta foi uma formula constante na iniciativa “Matemática no Técnico: Vem conhecer as melhores profissões do mundo”, que decorreu na passada sexta-feira, 30 de junho. Apesar de em anos anteriores o Departamento de Matemática ter realizado iniciativas deste género, este ano o evento ganhou uma nova dinâmica, tendo sido condensado em apenas um dia.
Ao entrar na sala PA2, no Pavilhão de Matemática, rapidamente se percebia o entusiasmo dos jovens participantes. O professor Roger Picken estava no meio de um cálculo matemático com duas cordas e quatro voluntários, e ia lançando várias equações, cuja solução chegaria através da movimentação dos quatro jovens. A plateia ia lançando sugestões para que os seus colegas se somassem, ou subtraíssem de modo a chegar ao resultado correto. Os raciocínios rápidos, que quase competiam uns com os outros, deixavam por si só adivinhar um inato gosto pela matemática.
Antes e depois do professor Roger Piken, outros professores e antigos alunos da Licenciatura em Matemática Aplicada e Computação (LMAC) foram lembrando estes jovens do quando a matemática pode ser divertida, multiplicando-se em diversas aplicações e inserindo-se nos diversos problemas quotidianos. Segundo a professora Leonor Godinho, responsável pela organização, esta estratégia é a mais adequada para chegar até aos participantes: “Como são alunos é necessário apresentar os diferentes temas de uma forma simples e atrativa”. Do outro lado encontravam sempre jovens interessados e compenetrados nos enigmas que lhes iam lançando.
Margarida Pereira foi uma das voluntárias do exercício da máquina de calcular a duas cordas. É apaixonada pela matemática, e “é sem dúvida esta área que quero seguir quando entrar na faculdade dentro de uns meses”, assegura. Veio porque queria “aprender mais”, e “não podia estar mais entusiasmada”, confessa. Hugo Pereira é mais tímido do que Margarida e apesar de acertar em todos os resultados, foi sussurrando-os baixinho. O seu futuro também já está acertado como contou: “Quero vir para o Técnico, sem dúvida”. Irá optar por uma engenharia, mas sabe o quanto esta paixão pela matemática o irá ajudar. “A matemática é sempre importante”, frisou o aluno de 17 anos.