Devidamente apetrechadas, com várias “engenhocas” que lhes permitiriam mostrar um pouco do que se faz na engenharia, e carregadas de histórias para contar sobre a experiência individual de estudar no Técnico. Foi assim que esta quarta-feira, 18 de outubro, a equipa de guias do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE) do Técnico se preparou para a primeira ação do projeto-piloto “Engenheiras por um dia” na Escola Secundária Alfredo Reis da Silveira, no Seixal.
Cerca de trinta alunas do ensino secundário foram convidadas a participar na sessão e no final não pareciam arrependidas. “Adoramos”, repetiam. Depois de uma breve apresentação do projeto e do Técnico, as jovens foram convidadas a meter a mão na massa, ou melhor dizendo, nos foguetes. Em grupos, construíram de raiz um foguete recorrendo a garrafas de água, cola, cartão, e fita adesiva. “De certeza que isto não vai dar em nada”, ia-se ouvindo nos grupos. A resposta veio naturalmente e surgiu o maior entusiasmo quando viram os seus foguetes serem projetados competindo pelo “voo mais longo”.
As expressões e os comentários paralelos exprimiam sempre admiração e curiosidade. Susana Amado, aluna do 11º ano desta escola, afirma que já ponderava escolher engenharia, mas confessa “que hoje vai daqui mais convencida”. Fez uma expressão de perplexidade quando lhe perguntamos se achava que a engenharia não é para mulheres. “É para mulheres tanto como é para homens, pelo menos eu penso assim e espero que todas pensemos assim”, afirma. Natacha Sequeira “Não sabia que uma engenheira podia fazer tanta coisa” e por isso além do que aprendeu levou “mais opções de futuro” em carteira. “Gosto de biologia, mas nunca tinha associado a área à engenharia”, confessa a aluna do secundário.
No final, e num contexto mais informal foram muitas as dúvidas que tiraram, quer sobre as saídas profissionais, as médias, as rotinas ou o ambiente do Técnico. O desconhecimento em relação à engenharia tornou-se mais evidente quando as jovens foram desafiadas a definir a engenharia. Depois do silêncio alguém se atreveu a falar de “criar”, depois de algumas dicas apurou-se “o inovar”, mas nunca tinham pensado na “quantidade de problemas que a engenharia ajuda a resolver”.