Sob o mote paixões – como descobri-las e, depois, alcançá-las – o astronauta da NASA, Danny Olivas, encheu o auditório Abreu Faro, no final da manhã de dia 13 de outubro, para uma palestra ao abrigo do programa American Corner.
Com um bom dia em português e um casaco azul NASA, a provar que «os nerds são fixes» como algumas vezes repetirá na hora seguinte, Danny garante a simpatia do público. Diz-se inspirado pelo espaço e pelo futuro, base da sua paixão, tendo encontrado no jeito para consertar coisas a sua habilidade. Deste casamento, nasceu um astronauta com duas viagens de foguetão e cinco caminhadas espaciais no currículo.
Uma visita com o pai ao museu do Centro Espacial Johnson, levou o «filho da era Apollo» a ver para lá das «peças de metal» e a pensar em avarias de foguetões. «Eles podem precisar de alguém para consertar o foguetão e esse sou eu» e foi. Foi-o depois de dez anos de candidaturas à NASA e outros tantos já a trabalhar no programa. «Rejo-me por dois princípios: trabalhar arduamente e nunca desistir», explicaria terminada a palestra e esvaziada a sala.
Na meia hora em que respondeu às suas próprias perguntas, Olivas falou, ainda, sobre o sucesso – que considera «uma medida de contentamento e satisfação pessoal», limitações e de como lidar com a sempre presente incerteza: «manter-se focado, flexível e otimista».
Turismo espacial? Projetos da NASA? Colonização de Marte? Aplicações da inteligência artificial no espaço? Haverá lugar para engenheiros biomédicos? As respostas chegaram em velocidade crescente, «a solução técnica para um desafio» chamado tempo, não fosse John Danny Olivas um engenheiro. No final, entre apertos de mão que inspecionavam a realidade, ouviu-se repetidamente: «thank you, Sir».