Campus e Comunidade

Dia de satisfazer expectativas e desfazer mitos

Esta terça-feira foi dedicada ao acolhimento dos novos alunos de Engenharia Química, Engenharia Informática e de Computadores e Engenharia de Materiais.

Expectativas gigantes, resmas de nervosismo, uma tremenda vontade de saber mais e vários mitos, são normalmente denominadores comuns no estado de espírito dos novos alunos e que normalmente se saciam ou desconstroem nos dias reservados às inscrições.  Nas filas rumo ao Salão Nobre onde as matrículas são oficializadas, e numa troca de primeiras impressões vão-se partilhando alguns dos receios mais latentes. “Eu ouvi dizer que há imensa competição no Técnico”, dizia esta terça-feira, 11 de setembro, uma das novas alunas para uma das futuras colegas de Engenharia Informática e de Computadores. Quando chegam perto dos mentores que os acompanharão ao longo de todo dia, começam por saciar as principais curiosidades, numa saga de perguntas que continua pelo dia fora.

É no circuito da feira dos Núcleos de Alunos, que esta semana ocupa o átrio do Pavilhão Central, que as primeiras expressões de nervosismo se começam a esvair. A simpatia com que são recebidos, a quantidade de oportunidades que percebem que terão à disposição, e a perceção da quantidade de atividades extracurriculares em que vêm os colegas mais velhos envolvidos ajudam a sossegar e simultaneamente a entusiasmar. “Mas há tempo para isso?”, questionam repetidamente. As respostas vêm sob a forma de protótipos do Formula Student Lisboa  ou do PSEM, ou pela argumentação audaz dos vários membros dos  outros núcleos. A pontuar o momento estão mãos cheias de panfletos e promessas de um reencontro em breve.

“Foi um dia de muita informação, de confirmação de algumas expectativas e algo assustador”, é assim que Thomas Hietala,  novo aluno do Mestrado Engenharia Química,  fala de tudo o que lhe chegou nas últimas horas. Com uma camisola do Técnico na mão, conta que não entrou na sua primeira opção – Engenharia Biológica, mas que nem por isso está desanimado: “Acredito que tenha ficado igualmente bem colocado neste curso”, destaca. Não considera que haja um ambiente muito competitivo na Escola ao contrário do que lhe diziam, mas “também é só o primeiro dia”, vai assinalando. A conversa é interrompida pela curiosidade de conhecer um dos espaços onde vão passar mais tempo nos próximos meses: os laboratórios. Não o detemos, afinal mais importante do que as nossas perguntas, são as respostas que procura.

Mariana Nunes, nova aluna da Licenciatura em Engenharia Informática e Computadores (LEIC), fez o trabalho de casa. Analisou os rankings, e foi com eles e através da opinião de conhecidos que percebeu que de acordo com os seus gostos e projetos de futuro era no Técnico que queria estudar.  “É uma instituição prestigiada pela sua qualidade de Ensino e Investigação, pelos docentes que tem, e claro que isso foi importante na escolha”, frisa. Confessa que a excelência que percebeu que está associada ao Técnico lhe coloca “um peso extra em cima”, mas rapidamente realça que “isso só servirá para nos formar enquanto melhores profissionais e pessoas mais capazes”.  Faz questão de salientar que nesta descoberta da sua nova Escola o papel dos mentores tem sido “fundamental para tirar imensas dúvidas, para nos sentirmos mais bem-recebidos, para nos sentirmos já em casa”. Ao seu lado está Susana Monteiro também nova aluna de LEIC, igualmente ponderada e cheia de certezas de que fez a escolha certa. O seu pai é docente do Técnico e tentou retirar dele toda a informação possível, “ainda assim ele está do outro lado e houve detalhes que ele não me conseguia dar”, refere. “Uma das coisas que percebi ao longo do dia é que as pessoas são muito mais simpáticas do que aquilo que me diziam”, assinala de seguida, visivelmente satisfeita por destruir esse mito. “Todas as opções eram do Técnico porque sabia exatamente a qualidade da Escola, e tudo o que aconteceu ao longo do dia de hoje só me levou a ter mais certezas de que vai ser um ano exigente, mas muito bom”, declara sorridente Susana Monteiro. A realização é tanta que consegue até imaginar que “daqui a 5 anos estarei a sentir uma nostalgia imensa pelo fim desta etapa que só pode ser boa”.

No final do dia, a fazer dupla com a alegria estava o inevitável cansaço, e ao descer a Alameda do Técnico ouvem-se dois novos alunos a sussurrar a destruição de mais um mito: “Qual escola de rapazes qual quê? Elas são tantas!”. E vão cheios de razão, ainda mais este ano letivo em que 32% dos colocados são do género feminino.