Há um antigo aluno do Técnico na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo da criptografia. Diogo Mónica, cofundador e presidente da Anchorage, ocupa a 53.ª posição na terceira edição da lista elaborada pelo Modern Consensus, um site americano de notícias ligado ao mundo da criptografia e blockchain.
A posição de destaque do alumnus do Técnico deve-se ao seu papel como líder da Anchorage, o primeiro banco de criptomoedas aprovado a nível federal nos EUA. No pequeno texto que acompanha o nome de Diogo Mónica esta aprovação por parte do Office of the Comptroller of the Currency (COO), conquistada no passado mês de janeiro, não é esquecida, sendo classificada como um “enorme passo em frente para toda a indústria da moeda criptográfica”.
Para além disto, a Anchorage levantou, no passado mês de fevereiro, uma ronda de investimento em Série C de 66 milhões de euros (80 milhões de dólares). Pouco tempo antes, a Visa revelara uma nova parceria com a fintech, através de um programa-piloto – o “Crypto APIs” – que vai permitir aos bancos oferecer serviços com criptomoedas, como armazenamento, compra e venda de bens digitais. Na prática, a utilização da plataforma bancária da Anchorage vai permitir à Visa integrar recursos como a bitcoin e outras moedas digitais no leque de serviços, ainda em 2021.
Diogo Mónica fez o curso de Engenharia de Telecomunicações e Informática no campus do Taguspark e doutorou-se em Engenharia Informática também no Técnico. Mudou-se para os Estados Unidos para trabalhar como designer de segurança na Square, onde foi um dos primeiros colaboradores. Dentro desta fintech, acabou por assumir o cargo de líder da equipa de segurança, e conhecer Nathan McCauley, o seu parceiro na criação da Anchorage.
Mais tarde, em 2015, Diogo Mónica passou para a Docker, onde assumiu a mesma posição. Foi nesse ano que participou na Web Summit em Portugal como orador. Em 2017, o alumnus criaria a Anchorage, com sede em São Francisco, mas que conta, atualmente, com escritórios no Porto, Dakota do Sul e Nova Iorque. Esta fintech já assegura mais de 100 mil milhões de dólares em transações anuais, ou seja, 82,3 mil milhões de euros.
Recorde-se que já em setembro do ano passado, a revista norte-americana Fortune colocou Diogo Mónica na lista dos melhores talentos sub-40 a nível mundial.