Vinte e quatro horas a pensar e a trabalhar parecem muito inicialmente, mas acabam a saber a pouco. É esta a sensação que invade os participantes da EBEC Challenge, uma variação da conhecida EBEC (European BEST Engineering Competition). Os estudantes universitários são desafiados a trabalhar em equipa, a colocar todo o conhecimento e audácia num projeto de negócio ou num protótipo, numa maratona de trabalho onde o entusiasmo facilmente derrota o cansaço.
Como tem sido hábito o Técnico acolheu, entre 17 e 18 de março, a primeira fase da competição na área de Lisboa. Ao todo foram 68 os participantes, maioritariamente do Técnico, que tiveram oportunidade de explorar as suas capacidades fora do âmbito tradicional e que se habilitaram a ganhar lugar na competição nacional. E se a tensão e a adrenalina são uma constante, também os momentos de divertimento acabam por persistir à medida que as horas passam e as afinidades se aprimoram.
Este ano na categoria de Case Study, as 7 equipas foram desafiadas a ajudar uma companhia de retalho a desenvolver o seu mercado, um desafio lançado pela Mckinsey e que a equipa ‘(BM)^2’, composta por quatro alunas de Engenharia biológica do Técnico, venceu. Por sua vez, na outra categoria – Team Design – os participantes tinham que projetar e construir um protótipo de um carro que só acionado uma vez fosse capaz de andar e subir um elevador, isto tudo com recurso a materiais limitados. Nesta categoria os “Llamas Pajamas”, uma equipa composta por alunos de Engenharia Civil e de Engenharia Informática e de Computadores, destacaram-se das restantes 9 equipas e convenceram o exigente júri.
“A EBEC é sem dúvida um evento que capsula tudo aquilo que nós desenvolvemos na faculdade e nos desafia a ser um bocadinho mais”, frisava no final da competição João Peixoto, presidente do Board of European Students of Technology (BEST Lisboa) responsável pela organização desta etapa regional da competição. “A atividade propicia-nos irmos um pouco mais além, estimulando aquilo que nós desenvolvemos durante vários anos de aprendizagem, e também aprendendo a trabalhar em equipa”, acrescentava o presidente do BEST Lisboa.
Este ano e devido à reestruturação da competição apenas haverá uma fase nacional que terá lugar na Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa, em Almada, em dias a anunciar. Para a mesma, e tendo em conta os bons resultados do passado, João Peixoto tem ótimas expectativas: “temos ao longo dos anos enviado algumas equipas para a final internacional, e por isso estamos com expectativas de ficar desta vez muito bem classificados na final nacional”. “A EBEC Lisboa é uma competição muito forte, temos a sorte de ter uma equipa incrível na parte do desenvolvimento das competições e normalmente os parceiros são também empresas que nos impulsionam a ter desafios cada vez melhores”. O repto está lançado, só falta trazer a vitória para o Técnico.