As filas que nestas manhãs da semana de acolhimento se formam à frente do Técnico são extensas: em novos alunos, em metas, sonhos e expectativas. Enquanto esperam, uns mais impacientes que outros por oficializarem a ligação ao Técnico, fazem planos, partilham os mais recentes conhecimentos ou suposições da cidade e do curso, ou matam-se “as saudades que já se sabe que vamos ter”. A maior parte vem acompanhada pelos pais, que se deixam ficar pelos vários cantos da escola até ao fim do dia, certificando-se de que “o primeiro dia correu mesmo bem”.
Esta terça-feira, foi a vez da família de Isabel Soares, uma das novas alunas de Engenharia Informática e de Computadores vir “em peso” de Trancoso para a acompanhar nesta nova etapa. Os pais têm a certeza que a filha fez a escolha certa ao optar pelo Técnico, “mesmo que seja longe e tenhamos que resistir às saudades, temos a certeza que vai ser capaz, e que é o melhor para ela”, afirmam. Isabel também acha que esta “exigência” que carateriza o Técnico só pode ser uma coisa boa, e por isso tem as “melhores expectativas para o que aí vem”.
No salão nobre, à luta com o preenchimento dos campos que formalizam a inscrição estão a Maria e a Inês, orientadas pela mentora Inês César. “Acabaram de chegar a um mundo novo, têm imensas dúvidas, o que é natural, e o nosso papel é mesmo dar-lhes respostas”. As duas novas alunas entraram no Mestrado Integrado em Engenharia Química, e compenetradas acenam com a cabeça quando questionadas sobre o facto de estarem felizes com a entrada no Técnico. A mentora sabe que se tornará uma lembrança certa nas recordações deste primeiro dia, foi assim que aconteceu com ela também.
Daniel Serafino e Tomás Inácio chegaram bem cedo e por isso rapidamente escaparam à fila das matrículas. Estão já na fase que se segue ao processo de inscrição, em que a monitora os acompanha na tour pela feira dos núcleos, que esta semana ocupa o átrio do Pavilhão Central. Daniel é o mais curioso, e faz várias perguntas enquanto ouve as explicações que lhe são dadas. Foi essa curiosidade e vontade de aprender que o trouxe até ao Técnico para descobrir “mais sobre tecnologias, programação, e tudo mais”. É esta sede de aprender que se denota nas palavras de Tomás, que irá ser colega de Daniel na Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores. Relativamente à escolha da instituição, a resposta é simples: “O Técnico é o Técnico, e toda a gente sabe o que isso significa”, solta Tomás.
Depois de matriculados, os 25 alunos que este ano ingressam no Mestrado Integrado de Engenharia de Materiais centraram toda a sua atenção nas histórias e conselhos que professores, atuais e antigos alunos partilharam na sessão de boas vindas. “Depois destes 5 anos aqui no Técnico, vocês vão conquistar o mundo”, afirmava a professora Teresa Duarte na intervenção inicial. “Aliás vocês já são uns conquistadores por terem conseguido entrar no Técnico com tão boas notas”, acrescenta. Teve como resposta sorrisos discretos de quem pensa o mesmo. “Afinal o Técnico não é um bicho papão”, diz sorridente Beatriz Abreu, a nova aluna do curso que trocou os recantos da ilha da Madeira pela excelência do Técnico. E “mesmo que toda esta confusão assuste um bocadinho”, a madeirense tem “a certeza que vai valer a pena, e que será tudo ainda melhor do que imaginei”.
