Campus e Comunidade

“É desafiante estar entre os melhores”

A frase é de Gonçalo Martins, o aluno com a média mais alta que entrou no curso de Engenharia Aeroespacial no Técnico.

A humildade de Gonçalo Martins é proporcional à sua genialidade. É um dos estudantes com a média de ingresso no ensino superior mais alta a nível nacional, teve nota máxima nas provas de ingresso, e é um dos alunos que conseguiu entrar no curso com a nota de entrada mais alta do país: Engenharia Aeroespacial. Ainda assim é com toda a modéstia e naturalidade que o novo aluno do Técnico fala do seu sucesso e dos sonhos que agora começam.

19,9 foi a média de entrada de Gonçalo no curso de Engenharia Aeroespacial. 20 valores a classificação que obteve nas provas de ingresso. O truque para tamanho sucesso é simplificado e resumido a um método que parece fácil nas palavras do novo aluno do Técnico: trabalho contínuo e uma boa gestão da pressão. “Principalmente nos exames é preciso manter a calma, porque é um momento de muita pressão, e o nervosismo pode muitas vezes ser a causa dos resultados menos positivos”, salienta. Gonçalo sabe que esta capacidade lhe será útil no Técnico porque tem consciência da exigência da escolha que fez: “tenho as expectativas elevadas e também algum receio, mas estou confiante”. “Estar no curso com a média de entrada mais elevada do país acaba por ser um estímulo adicional para mim. É desafiante estar entre os melhores”, salienta o novo aluno do Técnico.

As boas notas sempre foram uma constante no percurso académico de Gonçalo, o gosto pela matemática contínuo, e a paixão pela Física e Química uma descoberta do secundário que o aproximou da Engenharia. Com apenas 17 anos, o jovem da Póvoa do Varzim, confessa que ponderou muito e questionou outro tanto até chegar à escolha definitiva do curso: “pedi opinião a colegas  que estudam cá e também coloquei algumas questões a alguns professores”. Ainda balançou entre este curso e o de Engenharia Mecânica, mas a vontade de voar mais alto determinou a escolha: “sempre gostei muito de aviões, carros muito velozes, e de fórmula 1, etc.. Por isso, achei que Engenharia Aeroespacial se adaptava mais aos meus gostos, e era também um desafio maior”.

Ao contrário do que se possa pensar – e Gonçalo sabe que há muitos que assim julgam – não foi preciso abdicar de nada para construir esta média e chegar ao Técnico. “Não deixei de fazer nada para ter estas notas. Porque é preciso um equilíbrio em tudo”, faz questão de assinalar. “Ter boas notas está ao alcance de todos, basta muito trabalho e dedicação, não precisamos de nos privar de saídas com os amigos ou tempo com a nossa família”, acrescenta.

Sedento de aprender mais sobre os assuntos que lhe despertam curiosidade, de se ambientar e confirmar a qualidade com que ouviu falar da escola, o novo aluno do Técnico prefere – até porque ainda tem 5 anos pela frente – não sonhar demasiado alto quando questionamos se acha que o sucesso continuará a dominar o seu percurso. Ainda assim, e porque os sonhos são difíceis de esconder- ainda para mais quando acaba de se abrir caminho para os mesmos- Gonçalo confessa: “gostava muito de um dia poder trabalhar em Fórmula 1, seria o concretizar de um sonho”. Quando era pequeno, e tal como tantas crianças, Gonçalo sonhou ser astronauta, e hoje a realidade não o coloca tão distante desse sonho. Portanto, e como o mesmo gosta de defender: é tudo uma questão de trabalho e capacidade de gestão da pressão.