A matemática e as suas diversas aplicações dominaram as palestras, os diálogos paralelos que se geravam e as conversas de corredor. Os participantes desta 11ª edição da Escola de Inverno de Matemática (EIM2019), que decorreu entre 6 e 8 de fevereiro, tinham em comum não apenas o gosto pela área, mas acima de tudo a vontade de saber mais. Quase sem exceções, encararam esta iniciativa como uma oportunidade de antecipar escolhas futuras e de explorar paixões escondidas através de docentes e alumni do Departamento de Matemática (DM).
Ana Carolina Martins, alumna do Mestrado em Matemática Aplicada, foi uma das oradoras que aceitou regressar ao Técnico para inspirar os participantes da iniciativa. Relatando algumas das suas experiências durante o percurso no Técnico, partilhou os desafios que enfrentou e o conhecimento que dos mesmos retirou. O foco da sua apresentação foi, claro, a tese de mestrado com que alcançou uma ótima classificação final e cujo contributo para o estudo das dinâmicas de populações se revelou crucial. “Uma tese com uma aplicação prática como a minha ajuda-nos mais tarde a ter mais facilidade de integração no mundo do trabalho”, ia revelando a atual consultora da Deloitte. Apontando alguns detalhes mais técnicos, a alumna evidenciou algumas das conclusões alcançadas e a utilidade deste tipo de estudo: “Estes trabalhos permitem uma melhor compreensão das necessidades dos habitantes e são extremamente relevantes para a tomada de decisões a longo prazo”, concluía a oradora.
Dora Lourenço, aluna de Engenharia Informática e de Computadores, não conseguiu ficar para a palestra de Ana Carolina Martins, mas foi presença assídua nas restantes palestras. Antes de se ausentar, partilhou as motivações que estiveram por detrás desta participação: “eu tenho muito interesse e curiosidade por estas temáticas. Já tinha vindo no ano passado e achei que valia muito a pena”. “Acho que nesta edição as palestras estão mais focadas em temas específicos. Mas ainda assim não deixou de ser uma ótima oportunidade para aprender mais”, declarava posteriormente a aluna.
Durante os três dias em que a iniciativa decorreu os participantes da Escola de Inverno puderam tomar contacto com temáticas variadas tais como: a análise de clusters e deteção de anomalias para dados simbólicos, a complexidade da computação híbrida ou ainda a utilização de Modelos Matemáticos em Medicina. O programa do evento contemplou ainda uma atividade da responsabilidade do Núcleo de Estudantes de Matemática que incorporava programação e a matemática. Em equipas, os alunos competiam para tentar resolver no menos tempo possível o maior número de problemas.