Cada vez mais virado para o exterior, o Técnico tem vindo a participar num número crescente de redes internacionais e a desenvolver numerosas parcerias com instituições de topo a nível mundial. Dessas, três são de destacar, pela importância que assumem para alunos, docentes e investigadores, e pelo sucesso que têm tido: o MIT Portugal Program, com o americano Massachusetts Institute of Technology (MIT); o Carnegie Mellon Portugal Program, com a Carnegie Mellon University (CMU), também ela sediada nos EUA; e o IST-EPFL Joint Doctoral Initiative, com a École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça.
Todos eles surgiram, na última década, da vontade conjunta de escolas e governos para estreitar laços na área do Ensino Superior de ciência e engenharia. Hoje, são reconhecidos como alguns dos programas mais prestigiados no âmbito da colaboração entre universidades, permitindo o intercâmbio de alunos e docentes e a orientação conjunta de teses e de investigações entre o Técnico e outra instituição.
Exclusiva ao Técnico e à EPFL, a IST-EPFL Joint Doctoral Initiative aposta na atribuição de graus conjuntos a alunos das duas escolas, o que representa “um desafio”, segundo o professor José Santos-Victor, diretor do programa. “Esta oferta exige um conhecimento mútuo bastante profundo das instituições envolvidas”, que não é fácil de alcançar.
Apesar disso, o esforço é recompensado: “A EPFL é uma das melhores escolas de engenharia do mundo, tem uma dimensão semelhante ao Técnico e tem tido um trajeto notável na última década, processo que é inspirador para o IST”, explica o docente. O programa, que permite que investigadores portugueses e suíços definam temas de investigação e co-orientem estudantes nessas áreas, tem contribuído para um crescente “conhecimento institucional do IST por parte da EPFL e internacionalmente”. Os numerosos prémios e criação de empresas de elevado potencial por parte dos alunos do programa têm acrescentado “prestígio” a esta parceria.
O MIT Portugal Program (MPP) e o Programa Carnegie Mellon Portugal, pelo contrário, são parcerias internacionais que envolvem um grande número de parceiros: universidades portuguesas, parceiros industriais e centros de investigação. Em ambos os programas, onde o Técnico se assume como parceiro fundamental, o corpo docente e de investigação tem também a oportunidade de participar em programas de intercâmbio.
“Ao longo dos anos, os estudantes de doutoramento do Técnico têm vindo a estudar no MIT, e são totalmente integrados nesse sistema académico”, explica o professor Paulo Ferrão, diretor do MPP. “Além disso, o corpo docente também tem estado profundamente envolvido no programa de intercâmbios da faculdade, (…) através de projetos colaborativos de investigação e da oportunidade de participar em aulas e atividades no MIT.”
No CMU Portugal, têm a mesma oportunidade, e aos alunos é conferido um grau duplo de ambas as universidades: Técnico e Carnegie Mellon, onde “completam um programa de estudo e investigação rigoroso”, refere o professor José Fonseca Moura, diretor do programa e ex-aluno e docente do Técnico.
“Isto proporciona um fluxo contínuo de investigadores de alta qualidade no sistema universitério português: o objetivo é colocar Portugal na vanguarda da inovação nas áreas de tecnologias de informação e comunicação.”