Campus e Comunidade

“Foi uma semana inesperadamente boa”

Alunos do Ensino Básico deixaram-se fascinar pelas diversas atividades de mais uma edição do Verão na ULisboa.

“Bom, a minha mãe informou-me que eu vinha, não houve oportunidade para eu dizer que não, mas como acabei por gostar tanto não me vou zangar com ela por me ter inscrito”, dizia em tom de brincadeira, André Lopo, com 14 anos, e já no 9º ano de escolaridade. “Foi uma semana inesperadamente boa”, descreve. André faz parte do grupo dos “contrariados” que os pais inscreveram no Verão na ULisboa e que no final acabam por querer mais. Depois há também os que já conheciam as atividades de outros anos ou através de relatos de amigos e não hesitaram em inscrever-se. Leonor Martins, por exemplo, viu o site umas dezenas de vezes até abrirem as inscrições e assim que aconteceu pediu aos pais para vir: “Sempre me imaginei a fazer engenharia e estar nestas atividades é uma forma de perceber se aquilo que imagino é mesmo assim na prática”.  Leonor também acha que “os alunos do Técnico devem estudar imenso, mas tenho a certeza que é por isso que são ótimos engenheiros, tal como eu vou ser daqui a uns anos”, frisa a aluna do 8º ano.

Descobrir as profissões do futuro foi o desafio lançado aos jovens no campus da Alameda, que puderam brincar aos arquitetos, experimentar fazer magia com a eletrónica, imprimir objetos a três dimensões ou construir um pequeno rocket devidamente personalizado, entre tantas outras coisas. No campus do Taguspark, as atividades voltaram a direcionaram-se para os videojogos e os carros inteligentes, com os participantes a terem direito a criar o próprio carro com que posteriormente iriam competir num jogo de corridas.

João Richart, apesar dos seus 14 anos e de ainda agora ter chegado ao 8º ano, quer decidir “rapidamente” o que quer seguir no futuro. Gostava de vir para o Técnico, “ser engenheiro informático talvez”, solta. Quem o viu a programar os sons que cada banana emitiria, percebe que o jeito já lhe está intrínseco. Talvez daqui a uns anos se cruze nos corredores com João Botto, que quer ser engenheiro mecânico “quase de certeza”, mas que tem que vir para o Técnico “de certezinha” : “porque é uma oportunidade única, uma das melhores universidades em Portugal”, explica. Apesar de a todos os jovens com que falamos lhes faltar alguns anos para o ingresso no ensino superior, há uma ideia presente em quase todas as afirmações:  o gosto pelas atividades, a certeza de que fazer engenharia é divertido e de que a experiência é para repetir.

Chega assim ao fim a edição de 2017 do Verão na ULisboa, organizado pela Universidade de Lisboa, e que anualmente traz ao Técnico centenas de estudantes do ensino Básico e Secundário.  A primeira semana foi dedicada aos alunos do Ensino Secundário, e pode ler mais sobre essa semana aqui.