Campus e Comunidade

“Há muitas oportunidades de trabalhar em conjunto” com o Técnico

Uma delegação das mais importantes escolas tecnológicas da Índia, Indian Institutes of Technology, visitou o Instituto Superior Técnico.

“O Técnico é muito bom e há muitas oportunidades de trabalharmos em projetos comuns. Podemos desenvolver intercâmbio de estudantes e graus de doutoramento conjuntos”. O entusiasmo de diretor do Indian Institute of Technology Roorkee, Kumar Chatuverdi, era visível no final da visita às instalações do Instituto Superior Técnico que decorreu esta sexta – feira, dia 23 de junho. Esta é uma escola “maravilhosa e desenvolve muito bom trabalho”, acrescentou o diretor do Indian Institute of Technology Gandhinagar, Sudir K. Jain.

“Esta visita é uma oportunidade muito importante para atrair estudantes de qualidade e desenvolver projetos de intercâmbio em várias áreas científicas”, sublinhou o presidente do Técnico, professor Arlindo Oliveira, depois de mostrar a escola à delegação indiana.

Três escolas indianas de topo das áreas da ciência e tecnologia iniciaram a visita ao Centro Tecnológico e Nuclear (CTN), no campus de Loures do Técnico, continuando durante a tarde no campus da Alameda onde conheceram o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN). Durante o périplo pelo Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), os académicos indianos entusiasmaram-se ao conhecer os robôs Gasparzinho, Vizzy e o iCub.

Durante esta visita foram ainda apresentados projetos de investigação que, neste momento, estão a ser desenvolvidos por alunos e investigadores indianos, no Instituto Superior Técnico.

Os indianos representam a quarta maior comunidade de alunos de doutoramento no Técnico e relatam uma boa experiência. “Estou muito feliz, o Técnico tem um ambiente multicultural, um elevado nível de formação, e garante muitas oportunidades de explorar as nossas ideias e fazermos amigos”, confessa Abhishek Gupta, estudante de mestrado em engenharia física e tecnológica. Está há 20 meses em Portugal e recentemente venceu um dos prémios globais do Space Apps Challenge  organizada pela NASA. Não exclui a hipótese de ficar no país e lançar uma startup.

Também a estudante de doutoramento em Física Nuclear, Ridhima Sharma, diz “gostar muito de trabalhar no Técnico porque tem muitas oportunidades de desenvolver trabalho experimental”. O facto de todos “falarem inglês” tem ajudado muito na integração desta aluna de 25 anos.

Promover o intercâmbio de alunos e investigadores e projetos comuns de investigação são algumas das iniciativas que constam dos memorandos de entendimentos que serão assinados entre a Fundação Para a Ciência e Tecnologia e este grupo de Indian Institutes of Technology que está de visita a Portugal. Um périplo que incluiu diversas instituições de ensino superior portuguesas.