Campus e Comunidade

Hoje é o primeiro dia do resto de tantas vidas

Uma mescla de entusiasmo e nervosismo invade os novos alunos que começam hoje a chegar à escola para oficializarem a matrícula e começarem a descobrir a escola.

“A princípio é simples anda-se sozinho, passa-se nas ruas bem devagarinho, está-se bem no silêncio e no burburinho”, a música de Sérgio Godinho assenta na perfeição com o ambiente que domina o Técnico por estes dias, os primeiros do resto de um futuro que se adivinha brilhante. Curiosidade, nervosismo e uma imensa alegria ligam logo nos primeiros minutos os novos alunos. Tudo bem expresso no sorriso com que chegam e se preparam para ficar. Os primeiros olhares são fotográficos, tentando registar todos os detalhes do espaço que a partir de agora lhes pertence. Na mochila ainda sem livros, trazem muitos sonhos, alguns planos, muitas metas e diversos medos. Sabem da exigência da escolha que fizeram, algo que tanto os melindra como os estimula. Sedentos de aprender, de saber os caminhos de cor, de fazer amigos, de pertencer à escola, chegam cedo e contam os minutos para que não restem dúvidas de que são alunos do Técnico.

Acompanhados quase sempre pelo olhar embebecido e já saudoso dos pais, velozmente tentam criar laços com os futuros colegas de curso. Foi isso mesmo que aconteceu com Inês Martins, Beatriz Pereira e Carolina Ruas unidas pelo curso de Engenharia Biomédica e pela fila de espera para as matrículas. As duas primeiras são inclusive naturais da Figueira da Foz, mas foi preciso chegarem ao Técnico para se conhecerem. Carolina Ruas, por sua vez, precisou atravessar o Oceano para concretizar o seu sonho de sempre.  Veio dos Açores, e tem um brilho inegável no olhar que acaba por justificar no decorrer da conversa: “As últimas 24 horas foram um misto de felicidade por ter conseguido, e algumas saudades por ter que deixar a minha família”. “Quando percebi que tinha conseguido entrar na minha primeira opção fiquei tremendamente feliz”, acrescenta de seguida.

Fábio Monteiro e António Nunes também aguardam enquanto vão tentando exterminar as dúvidas comuns do primeiro dia. Entraram ambos em Engenharia Aeroespacial, o curso com a nota de entrada mais elevada a nível nacional, para eles apenas o curso que lhes enchia as medidas.  Fábio Monteiro sempre pensou que queria Medicina, mas há uns meses e ao olhar para o plano de estudos do curso do Técnico percebeu que era por aqui que passava o seu futuro. António Nunes há muito tempo que definira Engenharia Aeroespacial como uma meta. “Além da ótima empregabilidade, é um curso que aborda os temas que mais me interessam, e nos quais um dia gostava de trabalhar”, frisa. Esta é a primeira vez que ambos vêm ao Técnico, e a realidade conseguiu suplantar a imaginação de ambos. “Isto é enorme”, afirma Fábio Monteiro. António Nunes concorda, e revela-se ansioso por descobrir mais.  Para o ano que agora começa as expectativas também são muitas, nomeadamente em relação à dificuldade que associam à escola. “Sei que vai ser um ano exigente, mas também foi isso que nos estimulou a vir para cá:  saber que vamos aprender muito”, salienta António Nunes. “Mas não é nada que nós não consigamos”, pontua Fábio Monteiro,  com a determinação e euforia de quem acabou de ultrapassar uma importante meta.

Tal como estes 5 jovens, começaram a chegar ao Técnico, na manhã desta segunda-feira, centenas de alunos para procederem à matrícula e inscrição nos cursos de Engenharia Aeroespacial, Engenharia Física Tecnológica, Matemática Aplicada e Computação e Engenharia Biomédica. Assim que chegam, os alunos são acolhidos e acompanhados pelos mentores que lhes são atribuídos e que os acompanham ao longo de todo o processo. Durante a parte da tarde, começa a exploração propriamente dita com as apresentações dos cursos, as visitas guiadas ao campus e muitos momentos de convívio.