Decorreu, esta segunda-feira, a inauguração do mais recente espaço museulógico do Técnico, o Museu Faraday, organizado pelo Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC) do Técnico e que junta, no mesmo espaço, equipamento e mobiliário “históricos” das áreas científicas de Eletrónica, Energia e Computadores.
Na cerimónia solene de inauguração, que decorreu num Salão Nobre totalmente cheio, o professor Luís Castro, vice-presidente do Técnico, ocupou o lugar do presidente, que não pôde estar presente mas, mesmo assim, fez chegar algumas palavras: “Este museu é também um registo das contribuições que o Técnico teve no desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia em Portugal”, escreveu o professor Arlindo Oliveira, numa missiva lida por Luís Castro. “Espero que aproveitem este novo recurso do Técnico (…). Mais do que um museu, é uma máquina de andar no tempo.”
O vice-presidente também falou aos presentes, lembrando que “o Técnico é uma instituição voltada para o futuro” mas que “todos sabemos que para preparar bem o futuro é preciso olhar para o passado”. “Estes equipamentos que ocupam o Museu Faraday marcam o que foi o passado e como será o futuro desenvolvimento científico e tecnológico (…). É essencial termos estes museus à disposição.”
O professor Leonel Sousa, presidente do DEEC, deixou algumas palavras sobre a importância deste novo espaço, que “concentra mais de 100 anos de história de ensino e investigação no Técnico” nas mais de 600 peças inventariadas. “Para o DEEC é fundamental manter viva a memória (…) e o departamento encontra neste museu as suas raízes e os seus pilares”, explicou, acrescentando que um dos grandes objetivos é “tornar acessível uma parte da memória da escola”. “Hoje é um dia de celebração para a Engenharia Eletrotécnica”, afirmou, antes de agradecer, na pessoa dos professores Moisés Piedade e Carlos Ferreira Fernandes, a toda a equipa que permitiu que esta iniciativa se concretizasse.
Uma alocução com o nome “A imaginação de Michael Faraday” ficou a cargo do professor Jorge Calado, professor emérito do Técnico, que considerou o cientista que dá nome ao museu “o maior químico e físico experimental de todos os tempos”. Ao longo de cerca de 30 minutos, o docente falou de Faraday e da importância, para a Universidade de Lisboa, que este novo museu pode ter.
O reitor da ULisboa, professor António Cruz Serra – também ele professor do DEEC do Técnico – encerrou a sessão, numa intervenção em que agradeceu a todos os presentes e lembrou histórias vividas com os colegas com quem passou “dezenas de anos”. “Temos de conhecer o passado e olhar para o futuro: estamos a construir a Universidade (…). O que foi feito para criar este museu vai certamente ajudar o trabalho dos novos investigadores que agora chegam às nossas escolas”, afirmou.
O Museu Faraday encontra-se no campus Alameda do Instituto Superior Técnico, no antigo Pavilhão de Eletricidade, ocupa sete salas e está organizado em três áreas temáticas: Instrumentação, Escrita e Computação e Áudio, Rádio, TV e Comunicações.